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A cada 20 segundos uma pessoa é vítima de tentativa de golpe no Brasil

Jornal Hoje

A cada minuto, acontecem três tentativas de fraude contra consumidores no Brasil. Os golpistas costumam abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedem cartões de crédito, de preferência os de lojas, e fazem empréstimos bancários em nome de outras pessoas.

Normalmente eles usam os cartões e cheques em pacotes turísticos, salões de beleza, restaurantes e contas de celular. “A gente fica se perguntando: onde conseguiram meus dados?”, Mateus Fernando Leitão, analista de sistema.

Quase todo dia apresentamos um de nossos documentos, como carteira de identidade ou CPF para pessoas que não conhecemos. Podem ser funcionários de lojas ou até porteiros de prédios e condomínios. Além disso, fazemos vários cadastros pela internet.

É difícil ter controle sobre quem tem acesso aos nossos dados, mas existem formas de evitar que nossas informações sejam usadas por criminosos.

Nunca deixe o documento na mão de um desconhecido sem que você esteja por perto. “Você consegue falsear um documento de identidade, um CPF, um conta que representaria a sua confirmação de telefone, uma conta de luz, água”, diz Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian.

Uma mensagem eletrônica em nome da Receita Federal está circulando na internet. Ela diz que há pendências na declaração de imposto de renda e ensina como resolver o problema. Quando a pessoa clica no endereço eletrônico e fornece os dados, cai no golpe.

Uma carta também em nome da Receita Federal é usada para aplicar um golpe parecido. Ela diz que a Receita Federal detectou problemas no cadastro, que a pessoa caiu na malha fina e para evitar multas e futuros problemas é preciso acessar uma página na internet e fornecer os dados bancários e o CPF.

A administradora Paula Borgo não sabe quando nem onde pegaram os dados dela, mas alguém usou essas informações para comprar um telefone celular. Ela só soube do golpe quando o nome ficou sujo, por causa das contas vencidas. “Na época eu não morava no Brasil, eu não tenho telefone pós-pago. A sensação é de choque, de impotência, você tomar todos os cuidados com o seu nome, com os seus dados e alguém está usando isso e você não tem ciência”, afirma.

No fim de ano a procura por crédito aumenta em 10%. “E certamente as fraudes acabam elevando, tendo essa mesma tendência”, diz o presidente da Serasa Experian.

A Receita Federal informa que não envia carta ou mensagem eletrônica pedindo ao contribuinte para regularizar os dados cadastrais.
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