O Grêmio afirma que desde sexta-feira enviou uma proposta ao Palmeiras para contar com o atacante Kleber na próxima temporada. O intermediário eleito pelo clube gaúcho, Jorge Machado, diz que entregou pessoalmente a oferta ao empresário do jogador, Giuseppe Dioguardi. A cúpula do Palmeiras admite que foi informada sobre o envio da proposta. No entanto, até a noite de terça-feira, nem o presidente Arnaldo Tirone nem o vice Roberto Frizzo receberam algo oficial do clube gaúcho - ao menos no discurso oficial.

Os dois principais comandantes do futebol do Palmeiras foram avisados por telefone pelo Grêmio a respeito da oferta. A dupla diz que é o empresário de Kleber quem tem a tarefa de intermediar o contato entre os clubes. Foi mesmo Giuseppe Dioguardi quem teve contato com Jorge Machado, mas o empresário nega que tenha recebido algo oficial. Depois disso, criou-se o impasse: se um lado diz que mandou e o outro aguarda pelo recebimento, com quem estaria a tal proposta?

– Não chegou nada para mim. Sabemos do interesse do Grêmio e que uma proposta seria enviada para a nossa análise, mas não chegou na minha mesa ainda. Estou aguardando para me pronunciar e ver se os números são bons para o clube e o jogador – afirmou Frizzo.

No Palmeiras, a impressão é de que alguém estaria “escondendo o jogo”, mesmo que sem motivo aparente. Diretores próximos a Roberto Frizzo dizem que ele está estranhando a demora – afinal, o Grêmio sustenta que a oferta foi enviada na sexta-feira.

– Só se o intermediário estiver vindo a pé – brincou um conselheiro.

Grêmio e Jorge Machado dizem que a parte dos gaúchos está feita, e que agora é esperar uma resposta palmeirense. Do outro lado, Frizzo diz que não pode responder a uma proposta que não existe. Enquanto isso, Kleber segue de “folga”, resolvendo questões pessoais, e ainda não tem data para a voltar a treinar no Palmeiras. Mais um mistério a ser resolvido em tempos de crise alviverde.