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Notícias / Meio Ambiente

Fundo do Clima da ONU ainda causa polêmica entre países, diz negociador

G1

Os governos nacionais continuam divergindo sobre quanto poder deve ser dado a um fundo das Nações Unidas que ajudará países em desenvolvimento a enfrentarem as mudanças climáticas, faltando poucas semanas para uma decisiva cúpula climática na África do Sul, segundo um negociador europeu.

No ano passado, os países concordaram com a criação do "Fundo Climático Verde", que deve chegar a 2020 canalizando US$ 100 bilhões anuais para os países em desenvolvimento. No mês passado, um comitê da ONU concluiu o esboço do fundo, numa reunião na África do Sul.

As propostas serão debatidas por negociadores do mundo todo entre 28 de novembro e 9 de dezembro em Durban. Diante do impasse para a aprovação de um novo tratado climático de cumprimento obrigatório, para vigorar a partir de 2013, a adoção do fundo climático é o máximo que se espera da cúpula sul-africana.

Mas os EUA e a Arábia Saudita se opõem a alguns aspectos do fundo, segundo Laurence Graff, chefe da unidade de relações internacionais e interinstitucionais da Comissão Europeia.

"A natureza dessas objeções - se elas são preocupações sérias, ou se (os dois países) desejam acrescentar recomendações - está para ser vista", disse Graff.

Os EUA e outros países desejam que o Banco Mundial tenha um papel central na gestão do fundo, enquanto algumas nações em desenvolvimento e ambientalistas se opõem, alegando que a instituição não tem credenciais ambientais. "A questão é de fato se o fundo deve ser autorizado a realizar seus próprios projetos sem recorrer ao Banco Mundial" disse ele.

Apelo
Nesta quinta-feira (3), o presidente mexicano, Felipe Calderón, pediu aos Estados Unidos e à China que aceitem reduzir suas emissões de gases do efeito estufa, para assegurar o sucesso das novas negociações climáticas.

"Um acordo entre EUA e China é absolutamente necessário", disse Calderón a líderes empresariais, num evento paralelo à cúpula do G20 (grupo de economias desenvolvidas e emergentes) no sul da França.

"É importante, crucial para a humanidade, que a maior economia do mundo (os EUA) e o maior emissor mundial (de gases do efeito estufa, a China) firmem um compromisso formal", acrescentou Calderón.
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