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Notícias / Agronegócios

Galvan aponta que navegabilidade no Teles Pires é assegurada por Lei

De Sinop - Alexandre Alves

O Sindicato Rural de Sinop é a favor da instalação de usinas hidrelétricas no Rio Teles Pires, afirma o vice-presidente, Antonio Galvan, mas cobra que as eclusas (mecanismo de elevação de embarcações nas barragens) devam entrar no foco da discussão para a construção de usinas na região.

A edificação de hidrelétricas, na atual forma que está sendo discutida – sem a construção de eclusas – praticamente “tranca” as águas e impede a concretização da hidrovia Teles Pires-Tapajós - principal bandeira do setor produtivo no Norte do Estado no momento. “Temos que discutir para que as eclusas sejam construídas juntas com as usinas, para possibilitar a navegação no rio”, ressalta o vice-presidente.

Galvan, sindicalista atuante em prol das causas do agronegócio, sustenta que a legislação ampara a viabilização da hidrovia. “Segundo a Lei 6733/97, que institui a política nacional de recursos hídricos, a navegabilidade deve ser priorizada no uso das águas públicas. Além disso, o custo da obra unificada sofre redução de mais de 80% do valor”, aduz o produtor rural.

Os números agrícolas da região corroboram a implementação do novo modal de transporte. O médio norte de Mato Grosso concentra aproximadamente 50% da produção agrícol, somando cerca de 11 milhões de toneladas de soja. No raio de 350 quilômetros de Sinop, centraliza-se 90% de toda produção de Mato Grosso. Com a instalação da hidrovia nessa região, a redução dos gastos com frete também beneficiará o consumidor final.

“Estaremos perto do porto, o que aumentaria nossa competitividade. Assim, o alimento chegará mais barato na mesa dos brasileiros”, argumenta o sindicalista, por meio da assessoria de comunicação.

Segundo Galvan, somente com a produção do médio norte, o setor economizará aproximadamente R$ 1 bilhão por ano em frete, no comparativo do rodoviário para o hidroviário - via Santarém (PA). “É o modal mais economicamente e ambientalmente viável, e que também vai diminuir vítimas fatais nas rodovias, que estão lotadas de caminhões”, ressalta. Além disso, Galvan explica que os benefícios, como a geração de emprego e impostos que movimentarão a economia da região, serão contínuos.

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