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Odd Future simula vômito e pede para maconha ser 'liberada' no SWU

G1

Talvez o grupo de hip-hop Public Enemy estivesse certo em 1988 quando avisou para “não se acreditar no hype”. Vinte e três anos depois, o grupo de hip-hop do momento, o Odd Future Wolf Gang Kill Them All (OFWGKTA), mostrou neste sábado (12) que ainda precisa ir muito longe para não deixar de ser uma simples “modinha”.

O show do coletivo de rap no SWU foi enérgico e cheio de macaquices de seus cinco integrantes. O líder Tyler, the Creator, inclusive, mostrou porque é considerado um garoto problema: ao beber uma água engarrafada – brasileira -, fez cara de nojo, cuspiu-a fora e pediu para a produção retirar todas as garrafas do palco. Em outro momento, um segurança do grupo empurrou um segurança da produção que havia retirado um cigarro de maconha de um homem no público. “Vocês querem marijuana?”, perguntou Domo Genesis logo em seguida. Foi a deixa para uns baseados começarem a serem acesos.

Na apresentação, nenhum dos cinco integrantes do coletivo tem posição fixa. Tyler, the Creator é aquele que tem o nome gritado o tempo todo pelo público e cujas músicas são as mais ovacionadas (“Yonkers” foi o ápice da apresentação), mas prefere passar a maior parte do tempo atrás de um notebook, falando besteiras no microfone – em certo momento, saiu do palco e forçou um vômito. Quem rouba a cena é Earl Sweatshirt, assim como Mike G, que tem uma música com seu nome.

O show de 50 minutos teve 18 músicas emendadas quase sem parar. “64” foi a escolhida para abrir, seguida de “Murd” e “Rolling papers”. O set list ainda incluiu “Brain”, “Benediction”, “Analog” e “Loaded” e “I got a gun”.

Muitas faixas, mas nenhum hit de verdade, que é o que justamente falta ao Odd Future. 90% do show é composto de gritos e palavrões - às vezes nem se escuta a melodia de fundo, só a batida. Tyler, de 20 anos, ainda precisa ganhar um pouco de barba para deixar de ser o garoto que grita “Fuck the Police” (“dane-se a polícia”, em uma tradução generosa) e faz rimas do tipo “kill people, burn shit, fuck school, I’m fuckin’ radical, nigga”.

Um radical de butique, aparentemente.
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