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Com muito suor e pouca criatividade, Avaí e Cruzeiro ficam no zero a zero

Globo Esporte

Um jogo terrível na Ressacada. Digno de dois times que fazem campanhas ridículas no Campeonato Brasileiro. O resultado não podia ser diferente do 0 a 0, num jogo em que lances de emoção foram raridades, apesar da correria dos dois times.

O Avaí segue em posição delicadíssima na tabela. É o lanterna, com 30 pontos. Está virtualmente rebaixado, porque, além de vencer todos os jogos que faltam, tem que torcer por uma grande e improvável combinação de resultados. O Cruzeiro também continua ameaçado. Chegou aos 38 pontos, na 16ª colocação, apenas um acima do Atlético-PR, primeiro do Z-4.

Na próxima rodada, o Avaí enfrenta o Vasco, sábado, às 19h (de Brasília), em São Januário, no Rio de Janeiro. O Cruzeiro faz outro confronto direto na luta contra o rebaixamento. Recebe o Atlético-PR, domingo, às 17h, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

Muita correria e pouca inspiração


Avaí e Cruzeiro começaram o jogo com muito entusiasmo. Mas a situação de ambos na tabela do Brasileirão já previa o que se viu na Ressacada: muita correria e técnica sofrível. A pequena torcida do Avaí apoiava o time, que pressionou nos minutos iniciais.

O time catarinense teve domínio territorial até a metade do primeiro tempo. O Cruzeiro não se encontrava na marcação e muito menos na criação de jogadas ofensivas. Mas, o Avaí não soube se organizar e esbarrava mais nos próprios erros do que nos méritos do adversário. O responsável pela articulação das jogadas, Lincoln, desligado em campo, pouco contribuía.

Os problemas do Cruzeiro eram semelhantes. O armador Roger era marcado de perto por Diogo Orlando, o que deixava a criação com Marquinhos Paraná que, definitivamente, não se dá bem na função.

A partida se arrastou até o final do primeiro tempo, seguindo a cartilha inicial de muita transpiração e pouca inspiração. A correria dos jogadores não foi suficiente para evitar que o 0 a 0 fosse com os dois times para o intervalo.

Jogo fraco na Ressacada


O panorama do segundo tempo não foi muito diferente do primeiro, com muito suor e pouca ação cerebral. O Avaí voltou em cima do Cruzeiro, com a diferença que Lincoln estava mais ligado no jogo, dando um trabalho enorme para Leandro Guerreiro, que não conseguia marcá-lo.

O Cruzeiro mal conseguia passar do meio-campo. Vágner Mancini tirou o lateral Vítor e colocou o atacante Ortigoza em campo. Mas a presença de três atacantes em campo não aumentou a ofensividade do time já que a bola continuou não chegando ao ataque.

As jogadas de ataque, de ambos os lados, aconteciam na base do entusiasmo e, na maioria das vezes, o gol não saiu por incompetência dos próprios atacantes. Wiliam, do Avaí, e Farías, do Cruzeiro, foram exemplos disso, ao perderem gols cara a cara com os goleiros.

Com este quadro, o placar não poderia ser diferente do 0 a 0, que não foi bom para ninguém, mas mantém o Cruzeiro vivo na luta contra o rebaixamento.
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