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Antes de ser preso, Nem gastou R$ 12 mil em bebidas em apenas 22 dias

Extra

A contabilidade de uma das bocas de fumo da Rocinha, na Rua do Valão, revela que Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, buscou no álcool o remédio para seu desespero, diante da iminente invasão da polícia, em seus últimos dias como chefe do tráfico na maior favela do Rio. De acordo com a documentação apreendida segunda-feira por agentes da 16 DP (Barra), Nem gastou R$ 12.905 com uísque, energético e vodca em 22 dias. Neste mesmo período, entre 18 de outubro e 8 de novembro, Nem movimentou R$ 447 mil em uma única boca de fumo e promoveu festas e shows.

No dia 7 de novembro, ele chegou a ser atendido na UPA da Rocinha, ao misturar álcool e drogas. Análise da contabilidade mostra que, no dia 27 de outubro, Nem gastou R$ 2.750 com despesas referentes a um show de pagode. Os registros terminam exatamente dois dias antes da prisão de Nem, que foi encontrado por PMs do Batalhão de Choque na mala de um carro, no dia 10. Na documentação, Nem aparece com o apelido de Mestre. A contabilidade também faz referência a Thiago Schirmmer Caceres, conhecido como Pateta ou Leão, e a Rodrigo Belo Ferreira, o Rodrigão.

A dupla, apontada pela polícia como sucessora de Nem no comando do tráfico da Rocinha, tem contra si mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio.

— Os dois cadernos com a contabilidade serão enviados para a perícia. Tudo indica que os registros sejam de despesas bancadas pelo tráfico — disse o delegado Fernando Reis, que deverá encaminhar o caso para 15 DP (Gávea), onde Nem já é investigado por tráfico.
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