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Senadora do PT denuncia pressão política

Da Redação/Com Assessorias

''As histórias que me contam são assustadoras''. Com essa afirmação a senadora da República, Serys Slhessarenko (PT-MT), defendeu durante entrevista ao programa Conversa Franca (Record News - canal 47), exibido há pouco, o fim dos Tribunais de Contas e da União em todo país. 

A senadora petista apresentou um projeto de lei polêmico no senado Federal, há cerca de 3 anos, que propõe ''sepultar'' uma história imperial onde conselheiros de contas, Brasil afora, são nomeados em cargos vitalícios sem a realização de concurso público para o cargo. ''Este projeto não é só um desejo meu, mas sim, uma reivindicação antiga da sociedade brasileira'', sustentou a autora da proposta. 

De acordo com a parlamentar, o Tribunal de Contas de Mato Grosso, a exemplo dos demais estados da federação, é eminentemente político. Ela exemplifica que os atuais sete juízes de contas do TCE local já militaram na política mato-grossense. ''Faça uma avaliação rápida e veremos que todos os atuais conselheiros ou já foram deputados ou secretários de estado. Isso está muito errado'', ponderou Serys. 

Para atear ainda mais gasolina na ''fogueira'', a senadora que já foi professora e líder sindical, recorre a aritmética para provocar os membros vitalícios do TCE. ''A coisa é tão política lá no Tribunal, que muitas vezes, a simples conta matemática de 1 mais 1 não não chega a 2 e, o que é pior, pode dar 3'', alfinetou mais uma vez. 

Sem receio de sofrer qualquer tipo de represália a carreira eletiva dela, Slhessarenko assegurou que vários agentes públicos a procuraram para denunciar uma possível pressão política no julgamento de suas contas anuais. ''Já ouvi diversas vezes e de muita gente uma denúncia grave, ou seja, de que o conselheiro só aprova as contas de um determinado político se o mesmo arrumar votos para o filho ou afilhado dele'', disse. 

Em tom de desabafo a senadora petista reafirmou a intenção dela, ao apresentar o projeto de lei no Congresso Nacional, como forma de iniciar um grande debate nacional sobre o assunto. ''Sei que o loby é forte e a nossa proposta não será aprovada. No entanto, faço a minha parte ao discutir este tema de tamanha relevância'', finalizou. 

Outro lado - O atual presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Antônio Joaquim, ex-depuado estadual e federal, não foi localizado para comentar o assunto. O telefone celular dele estava fora da área de serviço até a postagem desta matéria jornalística.
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