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'O que atrapalha são obstáculos que a própria pessoa põe', diz paratleta

G1

No Parapan, o Brasil segue líder no quadro de medalhas. A ciclista Marleide da Silva ajuda a fazer a bonita história do Brasil no esporte paraolímpico. Marleide está pronta para competir. Ela não enxerga. Os olhos dela serão da guia Nelma Raizer. A bicicleta dupla transforma as duas em uma só. “Tem que ficar grudada comigo. Qualquer deslize, nós saímos da pista”, diz Nelma.

Agora, pedalar no velódromo é pouco para o esporte que Marleide pratica no Brasil. Digamos que ele é um pouco mais complicado. Ela é triatleta. “Cinco quilômetros de corrida, 20 quilômetros de pedalada e 750 metros de natação”, conta Marleide.

Tudo do jeito que ela faz no Parapan. “Tem uma pessoa me falando se eu estou errando, falando ‘direita’, ‘esquerda’, ‘segue’. Tem uma pessoa correndo e pedalando outra”, explica a triatleta.

No Parapan, o ciclismo deu cinco medalhas ao Brasil. Marleide não ganhou, ainda. “Na minha cabeça é treinar para a Paraolimpíada do ano que vem, em Londres. Não tem barreira. Temos nossa limitação, mas o que atrapalha mais a pessoa com deficiência são os obstáculos que a própria pessoa põe”, afirma Marleide.
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