O Ministério da Justiça autorizou a permanência da Força Nacional de Segurança Pública por mais 90 dias na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia – trecho que se estende por 750 quilômetros de linha seca e 233 alagados. Os policiais da Força também vão atuar em áreas fronteiriças nos estados do Amapá, Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.

A Força Nacional atuará em apoio a Polícia Federal no combate ao tráfico de drogas, armas, entrada de produtos ilícitos, saída irregular de riquezas e crimes conexos, bem como em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e com o Grupo Especial de Fronteira (Gefron). Haverá fiscalização das chamadas ‘cabriteiras' - estradas vicinais abertas com a finalidade de transportar drogas sem passar pelas barreiras fixas de policiamento.

A portaria, publicada hoje, no Diário Oficial da União, prevê apoio operacional e prontidão para ação imediata nos casos em que forem detectadas práticas criminosas nas regiões de fronteira. Os policiais da Força Nacional irão atuar, em apoio ao efetivo da PF, nas ações de preservação do patrimônio e da incolumidade das pessoas envolvidas na questão.

O número de policiais a ser disponibilizado pelo Ministério da Justiça obedecerá ao planejamento definido pelos órgãos envolvidos na operação. Os policiais estão autorizados a usar armas letais, caso necessário, para a própria segurança e de terceiros.

A Força Nacional de Segurança já estava em atuação nas fronteiras brasileiras e a portaria desta sexta-feira estabelece a permanência por mais 90 dias, prazo este que pode ser prorrogável. A movimentação da tropa na fronteira atende manifestação da Diretoria Geral do Departamento de Polícia Federal, que solicitou apoio necessário para a execução do Plano Nacional de Atuação nas Áreas de Fronteiras.