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‘Ela se iludiu com a vida do tráfico’, diz mãe de modelo desaparecida na Rocinha

Extra

A costureira Sueli Rodrigues Rosa lembra, como se fosse hoje, dos últimos momentos da filha. Uma semana antes de desaparecer, a modelo saltou de asa delta na Pedra da Gávea, em São Conrado. No dia em que desapareceu, saiu com dois amigos e uma amiga, para jogar boliche no Barra Shopping. Quando voltou para casa, a mãe deu um recado de um dos possíveis envolvidos na sua morte, dizendo que queria falar com Luana.

— Ela tomou um banho, colocou a roupa, saiu e nunca mais voltou. A minha filha queria mudar de vida. Não deu tempo. Ela se iludiu com a vida do tráfico.

Sueli acredita que a filha possa ter sido morta por ser amiga de policiais militares. E jura não guardar rancor dos possíveis assassinos da filha. Diz, inclusive, que gostaria de falar com a mãe do traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico da Rocinha preso na semana passada.

— Se algum dia eu encontrar a mãe dele, ia dar conforto, porque ele pode se regenerar. Diria que ela ainda pode abraçar o filho dela. Eu não posso mais fazer isso.

Agora, a única esperança de Sueli é que a ocupação na Rocinha possa resultar na localização de Luana.

— Tenho esperança que possam achar ela. Ou alguma coisa dela, para que eu possa enterrar a minha filha.
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