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Notícias / Ciência & Saúde

Agência dos EUA retira aprovação de remédio contra o câncer de mama

G1

O FDA, órgão do governo norte-americano que regula a produção de remédios no país, retirou nesta sexta-feira (18) a aprovação do bevacizumabe – cujo nome comercial é Avastin – para o tratamento do câncer de mama.

A medida não significa, no entanto, a proibição da venda do remédio, pois ele ainda é considerado eficaz para outros tipos de câncer, como o colorretal, o de rim e o de pulmão. Ele apenas perderá o selo de aprovação do FDA.

A decisão é o resultado de uma análise de estudos que comparam a eficácia e a segurança do medicamento. Segundo nota publicada pelo FDA, “os riscos do avastin incluem grande aumento da pressão sanguínea; sangramentos e hemorragias; ataques ou falhas do coração; e o desenvolvimento de perfurações em diferentes partes do corpo, como nariz, estômago e intestino”.

O texto diz ainda que exames clínicos de pacientes de câncer de mama que usaram o remédio “mostram apenas um pequeno efeito sobre o crescimento do tumor, sem evidência de que os pacientes viveram mais ou tiveram maior qualidade de vida, em comparação com os que usaram somente a quimioterapia convencional”.

O Medicare, sistema de saúde federal dos EUA para pessoas com mais de 65 anos, anunciou que, apesar da decisão do FDA, vai continuar oferecendo o avastin para pacientes com câncer de mama

No Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite o uso do remédio para o tratamento do câncer de mama e metástase, mas ressalta que sua utilização deve acontecer em conjunto com a de um quimioterápico chamado paclitaxel. A decisão do órgão regulador brasileiro também foi baseada em estudos e é igual à posição da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês).

A assessoria de imprensa da Roche, laboratório responsável pela produção do avastin, reiterou que o uso medicamento é liberado pela Anvisa e pela EMA.
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