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Chance de óleo chegar às praias do RJ é 'remota', dizem Marinha e Ibama

G1

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, e o almirante da Marinha Edlander Santos disseram nesta quinta-feira (23) que é "muito remota" e "improvável" a possibilidade de o óleo que vazou no Campo do Frade chegar às praias fluminenses. O campo, sob responsabilidade da petroleira americana Chevron, fica na Bacia de Campos.

"A informação que eu tenho, dos nosso técnicos, é de que é muito remota a chance de chegar ao litoral", afirmou Trennepohl antes de participar de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente da Câmara. Técnicos da Marinha também avaliam que o vazamento não chegará às praias.

"É muito provável que não [chegue]. Pelos estudos da Marinha é improvável termos óleo nas praias", disse Edlander. Quadro diferente foi previsto pelo secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, para quem o óleo chegaria, possivelmente em duas semanas, nas praias de Arraial do Cabo, de Angra dos Reis, de Ubatuba.

"Os nossos técnicos e os do Ibama me informaram que mais de dois terços de todo óleo ainda não afloraram, e estão abaixo, na coluna d'água", explicou Minc. "Isso vai acabar empelotando e essas 'bolas de piche' vão aparecer nas praias de Arraial do Cabo, de Angra dos Reis, de Ubatuba. Isso pode acontecer daqui a duas semanas, ou daqui a um mês", complementou o secretário.

O vazamento foi detectado há duas semanas. Nesta terça (22), a Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que a mancha de óleo havia alcançado área de 2 km² e extensão de 6 km. Quatro dias antes, na sexta (18), a área da mancha era de 12 km². De acordo com a ANP, a mancha continua se afastando do litoral.
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