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Milícia negocia soltura de trabalhadores da ONU sequestrados na Somália

G1

A milícia islâmica Al Shabab negocia com um clã tribal armado a libertação de três trabalhadores humanitários da ONU sequestrados hoje no oeste da Somália, informou por telefone à Agencia Efe um funcionário da organização.

Segundo a fonte, homens armados de um clã local da região de Wajid, cerca de 350 quilômetros a noroeste de Mogadíscio, seqüestraram nesta manhã um somali e dois trabalhadores estrangeiros do Corpo de Limpeza de Minas das Nações Unidas, cujas nacionalidades não foram especificadas.

O somali sequestrado é Ali Deeq, coordenador dos vôos do Programa Mundial de Alimentos (PMA) na Somália, que na hora em que foi feito refém preparava uma aeronave que sairia de Wajid com destino a Nairóbi.

Um líder da Al Shabab disse à Efe que "os empregados da ONU foram sequestrados por um problema de trabalho, depois de terem chegado a Wajid no sábado passado (...) para retomar o programa de limpeza de minas na região".

"Eles avaliaram várias pessoas que buscavam trabalho e contrataram algumas. O sequestro aconteceu porque um comissário local, membro da milícia de um clã da localidade, não ficou satisfeito com a distribuição dos empregos", contou a fonte.

Segundo informações, a milícia Al Shabab já cercou os seqüestradores. "Iniciamos as negociações para liberar os trabalhadores da ONU, o que esperamos que aconteça em breve", disse o integrante do grupo.

Um trabalhador de uma organização humanitária declarou à Efe que os seqüestradores fazem parte do clã Hadamo, um dos mais fortes da região.
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