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Notícias / Economia

Preço da picanha nos açougues de Mato Grosso tem aumento de 40%

De Sinop - Alexandre Alves

Saborear uma suculenta picanha bovina no churrasco dominical está ficando cada vez difícil em Mato Grosso, com a escalada do preço da carne nobre no comércio varejista. Segundo cálculos feitos pelo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço médio nos açougues, em 2011, subiu 40,74% em relação aos praticados em 2010.

A pesquisa apontou que o valor médio cobrado pela picanha é de R$ 38,40, enquanto que, no ano passado, girou em torno de R$ 27,28. Somente no recorte temporal entre agosto e setembro de 2011, o incremento no preço foi de 13,77%, saltando de R$ 33,75 para R$ 38,40. Com isso, espetar a nobre carne significa “espetar” mais fundo o bolso do consumidor.

Mas não foi somente a picanha que teve seu preço elevado no decorrer do ano; praticamente todos os cortes estão bem mais “salgados” do que a inflação do período (que gira em torno de 6%). O preço médio do filé mignon subiu 24,5%, contrafilé 31,28%, coxão mole 23,64% e alcatra 16,27%.

Essa alta vertiginosa atingiu também os preços das carnes mais populares, afetando em cheio o bolso das classes econômicas mais baixas. O acém, por exemplo, teve alta de 50,57% em um ano, costela 37,73%, coxão duro 24%, músculo 22,75% e patinho 20%.

Outro acompanhamento feito pelo Imea revela que o forte aumento de preço ao consumidor final está sendo praticado pelo mercado varejista, já que, no atacado, o aumento foi bem menor. A alta do valor no corte do “traseiro com osso” (onde estão picanha, patinho, coxão duro, coxão mole e alcatra) foi de 10,8% no período de doze meses. O dianteiro com osso subiu 13,8%, ponta de agulha 15,2% e, carcaça casada, 12,4%.
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