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Filha de milionário quer anular absolvição da viúva da Mega-Sena

Terra

A defesa da filha de Renné Senna, ganhador da Mega-Sena assassinado em Rio Bonito em 2007, pedirá a anulação do julgamento que absolveu a ex-mulher da vítima e principal suspeita de ser a mandante do crime, Adriana Almeida. A informação foi divulgada neste sábado pelo advogado Marcus Rangoni. A assessoria do Ministério Público informou que a promotora Priscila Naegelle Xavier entrou com recurso contra a absolvição, mas a análise da apelação deve demorar cerca de três meses.

O caso da "viúva da Mega-Sena"

Para Rangoni, a estratégia dos advogados de defesa induziu os jurados ao erro. Durante todo o julgamento, o advogado de Adriana, Jackson Costa, tentou desqualificar a filha da vítima, Renata, dizendo que o milionário não podia ser pai dela. Jackson afirmou também que Renata tinha interesse na morte do pai, já que ficaria com metade da herança, conforme testamento. Renné foi morto dois anos após ganhar R$ 52 milhões na loteria.

Indignada com a decisão dos jurados, a promotora afirmou que as maiores provas de que Adriana estava envolvida na morte de Renné estavam anexadas no processo: horas de conversas telefônicas entre ela e um dos assassinos do ex-lavrador. Os ex-seguranças Anderson Silva de Souza e Ednei Gonçalves Pereira já haviam sido julgados e condenados, em 2009, a 18 anos de prisão pelo assassinato.

No júri, Adriana admitiu que era infiel ao milionário. "Eu traí por carência. O Renné estava com disfunção erétil. Traí apenas por satisfação sexual", disse.

Com a decisão, anunciada na madrugada deste Adriana não conteve a emoção e chorou. A viúva deve ficar com um patrimônio de cerca de R$ 50 milhões. Também foram absolvidos na sessão os ex-policiais militares Ronaldo Amaral, o China, e Marco Antonio Vicente, e a professora de educação física Janaina Oliveira.
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