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"Auto-estima é a melhor arma contra o preconceito", diz Lázaro Ramos

Globo News

Lázaro Ramos não perde o jeito baiano e faz questão disso. Ele já atuou em 20 filmes. No primeiro papel como protagonista, interpretou um mito da malandragem carioca - Madame Satã. Em 2009, Lázaro foi nomeado embaixador do Unicef. O pai de João Vicente, de 6 meses, tem falado bastante sobre a participação dos pais na rotina das crianças. “A cada dia meu filho me oferece coisas mais incríveis”, diz Lázaro.

No filme “Amanhã nunca mais”, ele vive justamente um anestesista que não tem tempo para a família. Mas, na vida real, Lázaro também conseguiu acumular mais uma função: a de diretor da peça "Namíbia, não!" O Trambiqueiro Foguinho, de “Cobras e lagartos”, em 2007, fez Lázaro Ramos ganhar a simpatia do público em todo o país. O trabalho rendeu uma indicação ao prêmio Emmy, na categoria de melhor ator. A carreira de Lázaro começou há 17 anos, no bando de teatro Olodum, de Salvador. Depois, veio o sucesso, com a peça A Máquina, de João Falcão.

Lázaro Ramos diz que fica feliz com a participação dos negros na sociedade e com a abertura para poder discutir esse assunto, principalmente na TV. Quando era pequeno, a mãe levantava sua auto-estima quando sofria preconceitos por causa da cor. “A auto-estima é a melhor arma, pra mim funcionou muito. Eu não tinha nem duvida de que eu era capaz. Todos falavam: ‘vai lá, você é bonito, você sabe fazer’. Isso fez com que minha cabeça ficasse aberta para o mundo”, conta Lázaro.

Em “Insensato Coração” fez um galã negro, bonito e pegador. “Foi difícil lidar com os padrões de beleza existentes. Aliás pra mim esse personagem não foi um galã. É outro tipo de personagem. Ele era arrogante, grosseiro. Quando falou pra Carol tirar o filho dele eu quase apanhei na rua”, lembra Lázaro.
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