Imprimir

Notícias / Brasil

Brasil defende acordo global para reduzir emissões após 2020

G1

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta quinta-feira na Cúpula do Clima da ONU, na África do Sul, que o Brasil está disposto a negociar um acordo global de cumprimento obrigatório para a redução das emissões de gases do efeito estufa após 2020.

Mais de 190 países estão reunidos na cidade sul-africana de Durban para discutir o que fazer quando a primeira etapa do Protocolo de Kyoto, atual tratado climático global, expirar, em 2012.

"O Brasil trabalha com afinco para a adoção de um segundo período de compromisso para o Protocolo de Kyoto e o fortalecimento da implementação da Convenção (do Clima da ONU) no curto, médio e longo prazo", afirmou a ministra em Durban, segundo cópia de seu discurso divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente.

A União Europeia propôs que um novo acordo global para a redução das emissões seja selado até 2015, para entrar em vigor a partir de 2020, mas os europeus condicionam sua participação à adesão dos três grandes poluidores da atualidade - China, Índia e Estados Unidos, que rejeitaram um novo acordo vinculante.

O Protocolo de Kyoto prevê obrigações apenas para países industrializados, sendo que os EUA se retiraram do tratado. Já os países emergentes, como China e Índia, ficam dispensados de qualquer redução obrigatória.

"Se todos, repito, todos trabalharmos juntos poderemos negociar o cedo possível, um novo instrumento legalmente vinculante sobre a convenção, baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020", afirmou.

A ministra disse que o Brasil tem assumido uma posição de vanguarda para promover a redução das emissões de gases de efeito estufa e ao mesmo tempo desenvolver-se com sustentabilidade.

Segundo Izabella, no combate ao desmatamento - a maior fonte de emissões do Brasil - o objetivo é de reduzir em 80 por cento o desmatamento até 2020 em relação a média de desmatamento entre 1996 e 2005.

Em 2011, o país atingiu uma redução de 66 por cento, o menor índice de desmatamento desde que o sistema de monitoramento foi criado, em 1988.

"A urgência dos desafios impostos pela mudança do clima requer que incrementemos ações tanto em mitigação quanto em adaptação, orientadas pela ciência e pela equidade", disse a ministra.
Imprimir