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Defesa do ex-Chefe de Gabinete deve entrar com pedido de HC em Marília

G1

Comente agoraA defesa do ex-secretário de Fazenda e ex-Chefe de Gabinete de Marília, Nelson Grancieri, deverá entrar nas próximas horas na justiça com o pedido de Habeas Corpus. Grancieri foi preso na sexta-feira (9), em casa, pela Polícia Federal. O ex-secretário está preso na cadeia de Garça, em cela especial.

A prisão é decorrente de desdobramentos da Operação Dízimo, realizada há cerca de 15 dias pela Polícia Federal e Gaeco, que apreendeu documentos na prefeitura de Marília e na residência do ex-secretário.

 "O Ministério Público entende que havia necessidade da prisão por conta da influência com as testemunhas e pelo fato dele continuar mesmo estando afastado da prefeitura por conta da ação civil, ele continuava ainda comandando as coisas na chefia de gabinete", explicou o promotor Silvio Barbagalo.

Em um dos arquivos analisados pela perícia da Polícia Federal foi descoberta uma planilha com os registros de pagamentos feitos por Nelson Grancieri a políticos, funcionários públicos e representantes de partidos. Os repasses, em dinheiro, estariam sendo feitos pessoalmente pelo ex-Chefe de Gabinete. O Ministério Público calcula que o esquema tenha movimentado R$2 milhões de julho a outubro deste ano.

"A investigação terminou com a prisão. Sobre a cobrança de porcentagem de notas de empenho. Inclusive não só os dados foram confirmados. A contabilidade foi afirmada como sendo dele do grupo político dele e que realmente eram feitos esses pagamentos mensais como forma de manter o poder na prefeitura de Marília", afirma o promotor Neander Sanches.

Por mês, eram movimentados R$ 500 mil, valor incompatível com os salários recebidos na Prefeitura. Nelson Grancieri prestou depoimento por uma hora na Polícia Federal. Ele citou o nome do prefeito Mário Bulgarelli, segundo o promotor Neander Sanches. Por volta das 16h30, Grancieri deixou o prédio da Polícia Federal em Marília e foi levado para a cadeia.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou, em nota, que o prefeito Mário Bulgarelli desconhece qualquer lista com a relação de pagamentos à pessoas que se beneficiariam do suposto esquema. A nota explica ainda que a Procuradoria-Geral do município irá ter acesso à denúncia para depois se manifestar.
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