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Taques critica STF por não validar Ficha Limpa para o pleito de 2010

De Brasília - Vinícius Tavares

O senador Pedro Taques (PDT/MT), em aparte ao discurso da senadora Marinor Brito (PSol/PA), demonstrou solidariedade à parlamentar, que fez duras críticas no plenário do Senado à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não validar a Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2010 e permitir o retorno de Jáder Barbalho (PMDB/PA) ao Senado.

Pior. O retorno de Jáder Barbalho, réu em inúmeros processos, pode representar a saída de Marinor Brito. O pleito do ano passado acabou elegendo Jáder Barbalho ao Senado, mas ele não pôde assumir porque respondeu a processo no Supremo.

Em pronunciamento nesta quarta-feira (14), ela criticou o presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, por ter resolvido desempatar o julgamento do recurso de Jader "quase na calada da noite ou da madrugada". A senadora recebeu o apoio de inúmeros colegas em plenário.

"Me solidarizo à sua postura, senadora. O mandato é transitório, mas a coerência é permanente na vida da senadora Marinor Brito", afirmou Taques.

Questionado pelo Olhar Direto sobre o clima que haverá no Senado para o retorno de Jáder Barbalho às atividades legislativas, Taques disse estranhar que o plenário não estivesse em festa. "Onde estão os colegas do PMDB de Jáder Barbalho para comemorar a decisão do STF?", questionou Taques com ironia.

Taques disse ainda que não critica a decisão do STF de devolver o mandato a Jáder Barbalho, mas afirmou que não concorda com o resultado no julgamento que tornou inválida a vigência da Ficha Limpa para as eleições de 2010.

Na ocasião do início da votação, em novembro, Cezar Peluso anunciara que esperaria a posse de um novo membro no STF para completar o quorum de 11 ministros e, assim, desempatar a questão. A ministra do TST, Rosa Maria Weber, já havia sido indicada para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, mas seu nome só foi aprovado pelo Senado nesta terça-feira (13).
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