Imprimir

Notícias / Carros & Motos

Após acordo com a Chrysler, Fiat quer subsidiária da GM na Alemanha

Reuters

Depois da aliança com a montadora americana Chrysler anunciada ontem, a italiana Fiat quer agora fechar acordo com a alemã Opel, subsidiária da GM (General Motors), disse o presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, em entrevista publicada nesta sexta-feira no jornal "La Stampa". 

Marchionne disse que a Fiat também continua comprometida com a Itália, mas precisa trabalhar junto ao governo e a sindicatos em "problemas estruturais". "Agora nós temos que nos concentrar na Opel. Eles são nosso parceiro perfeito", disse Marchionne.

O presidente da GM, Fritz Henderson, disse nesta segunda-feira que a companhia não deixará de operar na Europa, mas admitiu que "terá uma estrutura diferente". Durante uma entrevista coletiva realizada em Detroit, ele confirmou que a GM está mantendo "discussões com vários investidores" sobre a venda da Opel, mas se negou a informar nomes.

A crise na Opel já resultou até na criação de um grupo de trabalho pelo governo alemão. A Opel emprega cerca de 25 mil pessoas na Alemanha. A empresa informou que precisa de cerca de US$ 4,4 bilhões nos próximos anos para atravessar a crise.

Segundo acordo fechado ontem com a Chrysler, a Fiat vai assumir uma participação inicial de 20%. "O objetivo é fortalecer a Fiat e dar à Chrysler uma chance de colocar ordem as coisas", disse Marchionne.

Para se reestruturar, a Chrysler, além do acordo, pediu proteção sob o "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). O pedido da empresa vem pouco depois do presidente americano, Barack Obama, ter afirmado que apoia a decisão da Chrysler tanto pela concordata como pela parceria com a Fiat.

"Eu tenho que dizer que a situação do mercado nos ajudou muito. A crise norte-americana tornou isso uma possibilidade e criou condições favoráveis para nós", definiu Marchionne ao "La Stampa".




















Imprimir