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Líder do governo diz que é 'esquisito' MP cobrar R$ 20 bilhões da Chevron

G1

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), questionou nesta quinta-feira (15) a “razoabilidade” da indenização de R$ 20 bilhões exigida pelo Ministério Público Federal em ação contra a petroleira norte-americana Chevron.

“Você acha natural alguém cobrar R$ 20 bilhões de multa? Sem estudo, sem nada, cobrar R$ 20 bilhões? Esse promotor estudou? Ele vou o impacto ambiental?”, questionou Vaccarezza ao ser indagado sobre a posição do governo em relação à decisão do MPF.

Na ação em que pede indenização, o MPF afirma que a Chevron, a filial da companhia no Brasil e a empresa contratada Transocean, são responsáveis por danos ambientais e sociais causados pelo vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos.

Para o líder do governo é “esquisito” que o Ministério Público tenha estipulado o valor da multa na ação. “Acho esquisito o MP entrar com a ação trazendo o valor da multa. É preciso ter razoabilidade. As pessoas têm que ser razoáveis”, disse.

Ação
Além de pedir indenização, o MPF pediu à Justiça Federal uma liminar suspendendo todas as atividades da Chevron Brasil e da Transocean, sob pena de multa diária de R$ 500 milhões. O setor de marketing da Transocean informou que a empresa não vai se manifestar neste primeiro momento até apurar o conteúdo da ação.

A Chevron informou, em nota oficial, que não recebeu qualquer notificação sobre a ação. Na nota, a Chevron também informa que não recebeu nenhuma instrução a respeito da suspensão das suas operações por parte das agências regulatórias, responsáveis pelas atividades da petroleira americana no Brasil. Leia a íntegra da nota no final desta reportagem.

A petroleira americana afirma, na nota, que, “desde o início, respondeu de forma responsável ao incidente no Campo Frade e atua com transparência junto a todas as autoridades brasileiras”. Segundo a petroleira, “a fonte do óleo foi interrompida em quatro dias e a empresa continua a progredir significativamente na contenção de qualquer afloramento de óleo residual”.

A Chevron também informou que continua a combater a mancha de óleo na superfície do mar. Segundo a companhia, hoje, o volume da mancha é de menos de um barril, o que equivale a 159 litros de óleo. A Chevron afirma, na nota, que não houve impactos na costa brasileira ou na vida marinha.
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