Imprimir

Notícias / Brasil

Acusados do assassinato de juíza são transferidos para MS

Jornal do Brasil

Dois policiais militares acusados de envolvimento na morte da juíza Patricia Acioli já foram transferidos para a Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. O tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira, acusado de ser o mandante do crime, e o tenente Daniel Santos Benitez Lopes deixaram o Rio na noite desta quinta-feira.

Na quarta-feira, o Tribunal de Justiça do Rio tinha autorizado a transferência dos dois principais acusados do crime, que ocorreu no dia 11 de agosto deste ano, em Piratininga, região oceânica de Niterói, e de três traficantes para fora do Estado do Rio.

O tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira e o tenente Daniel Santos Benitez Lopez, presos em Bangu I, devem ser postos em regime disciplinar diferenciado (RDD). Eles respondem pelo homicídio triplamente qualificado da magistrada (motivo torpe, mediante emboscada e com o objetivo de assegurar a impunidade do arsenal de crimes) e por formação de quadrilha armada.

s traficantes Nelson Rodrigues dos Santos, o Nelsinho da Mineira, Sergio da Costa Brum, vulgo Trajano, e Julio Cesar Coelho Costa Junior, o Periquito, seguem também, ainda nesta semana, para Mato Grosso do Sul.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.
Imprimir