Imprimir

Notícias / Brasil

Edital do leilão do trem-bala é confirmado para janeiro

R7

Após sucessivos adiamentos, a nova proposta de edital para o leilão do trem-bala brasileiro - que ligará Campinas a São Paulo e Rio - será publicada no dia 10 de janeiro de 2012.

A promessa foi feita nesta sexta-feira (16) pelo diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Bernardo Figueiredo, que acrescentou que, após um período de consulta pública, o edital definitivo deve ser publicado até o dia 10 de março, com o leilão previsto para acontecer seis meses depois.

- O modelo final do TAV (Trem de Alta Velocidade) já está fechado na ANTT, mas ainda precisa ser validado pelos ministros que coordenam o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).Espero que possamos definir isso em uma reunião na próxima semana.

Depois de várias tentativas fracassadas de leilão, o governo decidiu dividir em duas partes o processo de licitação do trem-bala. Na primeira fase, será escolhida a tecnologia empregada na operação dos trens. Posteriormente, após a conclusão do projeto executivo pelo consórcio vencedor, a ANTT vai leiloar lotes para as obras civis do trajeto, com a esperada participação de diversas empreiteiras.

Retomada

Figueiredo garantiu também que a Valec - estatal que cuida do setor de ferrovias - deve retomar as obras nos principais eixos ferroviários do país no início de 2012.

Os projetos da estatal foram paralisados por causa das denúncias que envolveram o Ministério dos Transportes neste ano, mas, segundo ele, a companhia está em negociação com as empresas contratadas para o atendimento de todas as recomendações do TCU (Tribunal de Contas da União).

A intenção é dar finalmente continuidade a cerca de 6 mil quilômetros de obras. De acordo com Figueiredo, os principais projetos que devem ser retomados são a ferrovia Transnordestina, a conclusão da ferrovia Norte-Sul até São Paulo e a sua extensão até Dourados (MT), além da Oeste-Leste na Bahia, entre outros.

Além disso, acrescentou o diretor, o governo planeja a modernização de outros 6 mil quilômetros de ferrovias já concedidos, mas que estão defasados em relação ao modelo atual de negócios. Tratam-se de ferrovias centenárias, como a São Paulo-Porto Alegre, Vitória-Rio e Recife-Belo Horizonte.

- Nesses casos é preciso uma completa reestruturação, porque apenas recuperá-los não seria suficiente para torná-los competitivos, disse o diretor.

Segundo Figueiredo, apenas metade das estruturas atuais poderiam ser preservadas nesses casos.

- Será preciso rever várias características e eliminar gargalos, como curvas muito apertadas, rampas muito elevadas e passagens urbanas, além de trazerem essas ferrovias para bitolas compatíveis.
Imprimir