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Notícias / Meio Ambiente

Júlio quer legislação para Pantanal, litoral e Amazônia

De Brasília - Vinícius Tavares

O deputado Júlio Campos (DEM/MT) teme que os biomas Pantanal e Amazônia fiquem prejudicados com a aprovação do Código Florestal pelo Congresso Nacional. Ele defende a aplicação de uma legislação ambiental específica para áreas úmidas como Patanal, Amazônia e o litoral por terem ecossistemas diferentes, com muitas particularidades, e, por isso, sujeitas a sofrerem prejuízos se estiverem submetidas a uma legislação que englobe todo o território nacional.

“Em média, cerca de 500 mil quilômetros quadrados de florestas alagadas e áreas úmidas do país, nos períodos de cheia, vão ficar prejudicados, por causa das mudanças das margens dos rios nesses períodos”, afirma o Júlio.

Júlio cita levantamento feito pela pesquisadora Cátia Nunes, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), segundo o qual alguns rios desaparecem nos meses de seca no Pantanal e podem ficar fora das áreas a serem preservadas. Ainda conforme a pesquisadora, dos 140 mil quilômetros quadrados do bioma pantaneiro, 100 mil quilômetros quadrados estão em risco e, com o Código Florestal em vigor, 80% do Pantanal ficará sem nenhuma proteção.

Segundo avaliação geral de especialistas, os rios do Pantanal e da Amazônia podem chegar a ter variações muito expressivas entre períodos de estiagem e de seca. Por isso, para a sobrevivência do Pantanal e dsa Amazônia, regiões consideradas patrimônios da humanidade, o parlamentar justifica uma legislação específica.

De acordo com a pesquisadora Cátia, as áreas pantaneiras atuam como filtros, retendo sedimentos, e armazenando água para as épocas de seca para abastecer os lençóis freáticos da região.

Já a justificativa, comenta Júlio, para se ter uma reserva marítima é a preservação da água e de suas pequenas criaturas que, segundo a cientista norte-americana, Sylvia Earle, são responsáveis por 70% do oxigênio em todo o mundo. Atualmente, pesquisas apontam que apenas 1% do oceano é preservado, assim como os seres aquáticos. A expectativa é que sejam aumentadas até 2020, para 20%. (Com informações da assessoria de imprensa do deputado Júlio Campos).
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