Cerca de 70 embarcações da Marinha ajudarão o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) na busca das famílias que vivem em áreas ribeirinhas na Amazônia Legal e no Pantanal. A informação é da secretária nacional de Assistência Social do ministério, Denise Colin, que reuniu-se no Rio de Janeiro com representantes da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio do Comando da Marinha e responderá pela construção das embarcações.

“A ideia é que os municípios façam a adesão ao programa e o governo federal adquira e repasse as embarcações aos municípios. O repasse dos recursos para a manutenção também é do governo”, explicou a secretária.

A proposta é usar as embarcações para um conjunto de serviços oferecidos nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Especializados de Assistência Social (Creas): busca ativa, cadastramento, acompanhamento, atendimento das famílias, serviço de convivência com adolescentes, idosos e a população em geral, atividades de grupo, campanhas e esclarecimentos.

A Marinha precisará, após todas as definições, de oito meses para construir as embarcações. Em janeiro e fevereiro haverá outros encontros entre o MDS e a Emgepron para discutir os tipos de embarcação e os municípios a serem contemplados. Serão dois tipos de embarcação: uma para transporte da equipe técnica que vai desembarcar na ilha e prestar o serviço e outra para localizações sem infraestrutura, que terá alojamento e estrutura de atendimento dentro do próprio barco, informou a secretária.

Para atendimento especializado de situações de violência, adolescentes em conflito com a lei e violação de direitos, parceiros do MDS, como o Ministério Público, a Defensoria Pública e conselhos tutelares, já se dispuseram a prestar esses serviços em conjunto.