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Morre sétima vítima de tentativa de ataque à família real da Holanda

Folha Online

O número de mortos com a invasão de um carro em desfile da família real da Holanda na última quinta-feira (30) subiu para sete, informou o Ministério da Defesa do país. Além dos mortos --entre eles o motorista do carro que invadiu o desfile--, outras doze pessoas foram feridas.

O policial militar Roel Nijenhuis, 55, morreu na noite de sexta-feira no hospital para onde foi levado após o ataque, realizado na cidade de Apeldoorn (85 km a leste de Amsterdã).

O motorista do carro ainda não foi identificado oficialmente. Porém, segundo os meios de comunicação holandeses, trata-se de Karst S., 38, morador da cidade de Huissen (40 km de Apeldoorn) e recentemente desempregado.

Segundo diversos testemunhos publicados neste sábado pela imprensa holandesa, Karst era retraído e tinha poucas relações com a vizinhança. O homem tinha perdido recentemente o emprego em uma empresa de segurança e também tinha que deixar a casa onde morava. Segundo o proprietário do apartamento, ele tinha uma reunião nesta sexta-feira para entregar as chaves ao novo inquilino.

O proprietário, citado pelo jornal "De Telegraaf", afirma que ele nunca lhe deu problemas e que sempre pagava o aluguel em dia, mas, na semana passada, comunicou que não podia mais arcar com essa despesa, por isso tinha que deixar o apartamento.

As autoridades confirmaram que Karst S., 38, não tinha antecedentes policiais e também não sofria de problemas mentais.

Um amigo do agressor, citado sob pseudônimo pelo "De Telegraaf", considera que a ação de Karst foi um ato de desespero. Segundo este homem, ao ficar sem trabalho, sem casa e sem dinheiro, Karst queria se vingar da empresa de segurança que o despediu, mostrando as falhas do sistema de segurança no desfile de Apeldoorn.

Karst entrou com o carro em alta velocidade durante o desfile em homenagem à família real e avançou sobre o público. O carro parou ao bater em um monumento, a poucos metros do ônibus conversível no qual desfilavam a rainha Beatrix e outros integrantes da família real.

Funcionários de Apeldoorn disseram que o motorista tinha um mapa com a rota que seria seguida pela rainha. Uma operação policial na casa de Karst não encontrou armas, explosivos ou indicações sobre uma conspiração mais ampla, segundo um comunicado da procuradoria.

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