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Orçamento não prevê reajuste para judiciário ou aposentados

De Brasília - Vinícius Tavares

Ao ler seu parecer sobre a peça orçamentária do ano que vem, o relator-geral do Orçamento da União para 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), não previu reajuste para o Poder Judiciário ou mesmo aumento real (acima da inflação) para os aposentados e pensionistas. Segundo ele, o governo federal não previu recursos para conceder aumento ou reposição salarial para estes dois segmentos. "Escolhemos o diálogo sincero como meta", resumiu Chinaglia.

A leitura do relatório acontece em meio à tensão envolvendo a Força Sindical. O presidente da entidade, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), voltou a ameaçar derrubar a sessão no Plenário do Congresso, mais tarde, se não houver acordo sobre a questão dos aposentados.

O governo já avisou que não dará aumento real para essa faixa de aposentados. Nos bastidores, negocia um texto político, para dar uma resposta aos aposentados, com a promessa de adoção de uma política de valorização dos benefícios.

"Vou derrubar a sessão lá na frente. A presidente Dilma está em São Paulo e deveria vir para Brasília e receber os representantes. Todo o pessoal que está ao redor da presidente Dilma perdeu a credibilidade. Até porque ministro que fala está sendo demitido", afirmou Paulinho, numa referência indireta ao caso do colega de partido Carlos Lupi, que deixou o Ministério do Trabalho.

Na ausência de Dilma, é a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que mantém contato com os representantes dos aposentados, inclusive com o senador Paulo Paim (PT/RS), principal defensor do reajuste aos aposentados e pensionistas.
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