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Hanseníase é preocupante em MT; especialista ajuda a prevenir

Da Redação - PV

Ainda que as unidades de Saúde do Município, e em nível estadual e federal, se mobilizem a campo com campanhas preventivas e assistência contínua nas regiões endêmicas, o quadro de incidência de hanseníase ainda é preocupante em Mato Grosso, especialmente em Cuiabá. Este alerta é da responsável pela equipe de Hanseníase e Tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Silvana Benevides.

Segundo Silvana, Cuiabá apresentou 56,2 novos casos da doença para cada 100 mil habitantes."Isso caracteriza um padrão de hiperendemicidade. O coeficiente geral de detecção de hanseníase, em 2010, foi de 2.461 novos casos em Cuiabá, 34.894 em todo o Estado, registrando-se média de 7,1% em menores de 15 anos. A presença de hanseníase em crianças significa que a doença está fora de controle. É nossa grande preocupação, constatada no trabalho diário das equipes", explicou.

Benevides, que defendeu tese sobre Hanseníase na universidade e fez Doutorado em Ciências da Saúde, ressalta que o Brasil figura mundialmente em segundo lugar em casos da doença.

"A Índia está em primeiro lugar. Na realidade, houve queda significante no coeficiente de detecção em todas as regiões geográficas de 1,3 casos/100 mil habitantes (média) nos últimos 10 anos. A situação epidemiológica nacional aponta redução, mas em Mato Grosso a hanseníase tem recrudescido, e o Estado lidera em número de casos. A borda da Amazônia Legal, à qual também integramos, é que possui a taxa mais elevada dessa doença em relação a outras regiões do País”, explicou Silvana.

Alcance

A incidência maior de hanseníase é nos adultos, mas a doença pode ser transmitida a crianças se não forem adotados cuidados básicos.

"Existe um sem número de formas de o contágio ser efetivado. Se uma família inteira está com hanseníase, é fato que houve descuido geral, facilitando a proliferação das microbactérias (via oral e outras formas) pelo ambiente. Sabe-se que a maior fonte de transmissibilidade ocorre pela pele do doente, que normalmente apresenta lesões iniciais (manchas) sem qualquer indicativo de dor ou outro incômodo. A hanseníase está igualmente relacionada a um saneamento básico deficiente, um dos grandes problemas nacionais, presente em quase todos os territórios brasileiros", observou a responsável da equipe da doença na SMS.

As informações são da assessoria
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