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PP é o partido que mais perdeu em 2010 e luta para sobreviver em 2012

Da Redação - Alline Marques

A chegada do Partido Social Democrático (PSD) ao cenário político enfraqueceu muitos partidos pelo Brasil a fora, mas em Mato Grosso o maior prejudicado foi o Partido Progressista (PP), devido à perda do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, que arrastou com ele dezenas de prefeitos e centenas de vereadores.

A queda de braço entre Riva e Pedro Henry, presidente regional do PP, deixou a sigla reduzida pela metade e agora os progressistas lutam pela sobrevivência. Eles sabem que será preciso encarar com seriedade a eleição de 2012, que poderá ser decisiva para a agremiação se manter entre os chamados grandes partidos do Estado.

Nas últimas eleições o PP resolveu ficar fora da disputa das majoritárias e optou por fortalecer a base da legenda, tanto que conseguiu eleger cinco deputados estaduais e dois federais. Esta conquista só foi possível devido à opção por uma chapa única decidida pela sigla nas proporcionais.

Com uma base forte no parlamento, a sigla ganhou privilégios e conseguiu ser peça chave na composição de alianças na eleição majoritária, como ocorreu na eleição de 2010, quando o apoio do PP foi disputado por todas as chapas e o governador Silval Barbosa (PMDB) acabou ganhando.

Com isso, os progressistas conquistaram mais espaço no governo: a pasta da Saúde foi entregue a Henry, Ciências e Tecnologia para Eliene Lima, além do Esporte, que ficou com Carlos Azambuja. O partido ainda indicou o vice-governador, Chico Daltro. Porém, dos cinco, apenas dois continuam no PP: Henry e Azambuja.

Agora, o PP terá de ir para o tudo ou nada em 2012 para conseguir amealhar forças nos municípios e continuar sendo fundamental na hora das alianças, além de ganhar apoio para uma possível disputa majoritária em 2014 particiapndo de uma chapa forte.

O fato é que com a ida de Riva para o PSD, a nova sigla passa ser a bola da vez devido à forte influência do parlamentar no interior de Mato Grosso e, claro, na Assembleia Legislativa. O deputado já adiantou que a legenda deverá lançar cerca de 40 candidatos a prefeito no estado, além de centenas de vereadores.

Caso obtenha êxito nas disputas do próximo ano, o PSD poderá roubar espaço do PP e os progressistas correm o sério risco de cair na ala dos "nanicos", perdendo status e cargos importantes tanto na esfera estadual, quando na municipal.

Henry terá uma árdua missão pela frente para reestruturar o partido para as eleições de 2012, mas o parlamentar, desde a época em que estava no comando da Secretaria de Saúde, adiantou que está mais preocupado com a gestão da pasta do que com o partido, o que pode desencadear o fenecimento do PP.

O presidente do PP lembrou ainda que foram necessários 10 anos para construir um grupo forte como o que existia na sigla, portanto, não dá para esperar muito na próxima eleição, mas ainda assim ele diz apostar num "bom desempenho" da legenda em 2012.
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