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Promotora de Mato Grosso foi arbitrária, diz advogado de empresa

Da Redação - Julia Munhoz

O advogado de defesa do Grupo Estrela, Paulo Lacerda, acusou a promotora Ana Cristina Bardusco, da Promotoria de Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária, de arbitrariedade ao pedir os mandados de busca e apreensão cumpridos pela Delegacia Fazendária (Defaz), durante a Operação Constelação no início deste mês, na sede da empresa em Jataí (GO).

Segundo o advogado, foi a promotora quem solicitou ao juiz da Vara Especializada contra o Crime Organizado, à Ordem Tributária e Econômica e à Administração Pública e Crimes de Lavagem de Dinheiro, José de Arimatéia, a expedição dos mandados.

Durante entrevista ao Olhar Direto, Paulo Lacerda disse que no pedido de expedição dos mandados a promotora não teria estabelecido data para que fossem cumpridos e nem foram publicados no sistema de consultas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). “Essa promotora Ana Cristina foi arbitrária”, afirmou o advogado.

Paulo assevera ainda que os mandados teriam sido autorizados pelo juiz seis meses antes de serem cumpridos pela Fazendária. “Onde estava a pressa se foram expedidos e cumpridos seis meses depois. Eles (policiais) chegaram na sede da empresa arrancando computadores e notas e trouxeram para Mato Grosso”.

O grupo Estrela Móveis, que atualmente possui 118 lojas, estaria envolvido em um suposto esquema de sonegação fiscal em Mato Grosso, conforme foi investigado pela Polícia Civil. Nessa quarta-feira (28) uma liminar expedida pelo desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, através de um mandado de segurança impetrado pelo advogado, garantiu que todos os materiais apreendidos na sede da empresa, em Jataí (GO), fossem devolvidos aos empresários.

No decorrer das investigações realizadas pela Defaz de Mato Grosso foi constatado, além do crime de sonegação fiscal, um possível envolvimento dos empresários do Grupo Estrela com facções criminosas. Em um dos notebooks apreendidos os policiais teriam encontrado vídeos ligados a ataques terroristas, informaram fontes da PJC.

Outro lado


A Polícia Civil explicou, por meio de assessoria, que os mandados levaram seis meses para serem cumpridos, porque foram expedidos logo após o início a greve dos investigadores da categoria; mas lembra que, posteriormente, foi pedida a renovação para que fossem cumpridos na data correta.

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