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Galindo convida Julier a filiar-se ao PTB para disputar eleição
Da Redação - Marcos Coutinho e Renê Dióz
O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, convidou o juiz federal Julier Sebastião da Silva, da Primeira Vara, a se filiar no PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e ser candidato [a prefeitura de Cuiabá] nas eleições municipais de outubro.
Em tom solene, Galindo afirmou que seria uma honra para a sigla petebista poder contar com a filiação e com a participação plena de Julier no processo sucessório [municipal] deste ano.
"Não só o PTB, mas o eleitor cuiabano ganharia muito porque teria uma opção singular para as eleições de outubro", avaliou Galindo ao Olhar Direto, logo após a formulação do convite a Julier, ao final da posse da nova mesa diretora do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Surpreso com o convite, Julier fez um questionamento imediato a Galindo sobre a possilidade de o prefeito ser candidato à reeleição. Enfático, Galindo garantiu que não disputará o pleito deste ano.
"Se você filiar-se hoje (hipoteticamente), eu peço desfiliação amanhã ou no mesmo dia, para demonstrar que não sou candidato. Essa é uma garantia que lhe dou agora", enfatizou Galindo, que, minutos antes, já havia batido o pé em conversa com jornalistas na tentativa de negar em definitivo as conversas segundo as quais sairá candidato. “Quem é candidato jamais ‘negativaria’ quem não paga IPTU”, argumentou Galindo.
Cortejado
Perguntado se simpatiza com a idéia de uma filiação ao PTB de Galindo, Julier desconversou. “Hoje o juiz Julier está de férias”, repetiu, na tentativa de escapar de especulações políticas, embora seu nome tenha sido historicamente ligado ao PT.
Não é a primeira vez que ele é convidado a integrar projetos políticos em Mato Grosso. Em 2010, seu nome figurou como um possível candidato para o governo do Estado.
Na época, o lançamento de Julier soava natural diante da confirmada candidatura ao Senado do ex-procurador Pedro Taques (PDT), junto ao qual o juiz ganhou proeminência devido ao trabalho desempenhado pelos dois contra o crime organizado em Mato Grosso - trabalho este que rendeu dividendos políticos pelo menos para Taques, que conseguiu se eleger senador.
Atualizada às 09h35