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Ação da PM na Cracolândia durará mais 6 meses, diz comandante

G1

A ocupação da região da Cracolândia e de bairros do entorno, no Centro de São Paulo, por policiais militares vai durar pelo menos mais seis meses. Nesse período, 287 homens permanecerão no local, com apoio de 117 carros e 26 motos, além de bicicletas, cavalos, cachorros e do helicóptero Águia - normalmente, o efetivo é de 28 agentes, divididos em dois turnos. A afirmação foi dada nesta quarta-feira (11) pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Batista Camilo, que anunciou também uma série de normas que devem ser seguidas pelos policiais.

São regras do tipo: "a postura deve ser enérgica sem demonstração de agressividade, porém ostensiva e desestimuladora" e "dependentes químicos têm a opção de buscar tratamento adequado, fornecido pelos órgãos assistenciais e de tratamento".

"O objetivo neste primeiro mês é diminuir a atuação dos traficantes. E, nos seguintes, a PM fica para garantir trabalhos de saúde e assistência social. No segundo semestre, avaliaremos se é o caso de diminuir o efetivo", afirmou Camilo.

O plano da PM é manter 120 homens vindos do Comando de Policiamento da Capital, concentrados nas ruas da Cracolândia. Outros 152 são do Policiamento de Choque e vão fazer rondas permanentes nos bairros vizinhos para tentar evitar a migração dos usuários no entorno. Ainda participam da operação 12 bombeiros. A operação na Cracolândia começou em 3 de janeiro.

Nesta quarta, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou a proibição do uso de balas de borracha e bombas de efeito moral pelos policiais militares que atuam na Ação Integrada Centro Legal, na região da Cracolândia. “São medidas de prudência, de cautela, a polícia é provocada também, 24 horas, e ela tem que ter treinamento, competência para poder trabalhar todas essas questões”, afirmou ele nesta manhã. “Nós temos que trabalhar pela questão social, saúde e segurança. Você tem que fazer abordagem, você não pode permitir o tráfico, tem que prender criminoso, fugitivo, pessoas violentas, traficantes. Esse é o dever da polícia. E a polícia está preparada e vai ficar na região.”
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