Imprimir

Notícias / Política BR

Maggi cobra de ministro repasse de R$ 30 mi para a defesa civil em MT

De Brasília - Vinícius Tavares

O senador Blairo Maggi (PR/MT) cobrou do ministro da Integração, Fernando Bezerra, o cumprimento de um acordo com o governo de Mato Grosso para o repasse de R$ 30 milhões destinados ao atedimento a projetos na área da Defesa Civil do Estado. De acordo com o senador, o governador Silval Barbosa (PMDB) apresentou ao ministro, durante reunião realizada em março de 2011, em Cuiabá, uma série de demandas para prevenção de desastres e para atendimento a municípios atingidos por enchentes e incêndios florestais.

Segundo Maggi, dos R$ 160 milhões exigidos pelo governador, o ministro se comprometeu a liberar apenas R$ 30 milhões, sendo R$ 5 milhões de forma emergencial e outros R$ 25 milhões pagos posteriormente, mediante apresentação de projetos. Mas até agora, nenhum centavo foi repassado ao executivo estadual.

"Nem os cinco milhões de reais iniciais foram pagos e não temos nenhuma informação sobre os outros 25 milhões (de reais)", cobrou o senador.

O parlamentar republicano não considera graves as denúncias de que Fernando Bezerra estivesse beneficiando seu Estado de origem, Pernambuco, com o repasse de 90% das verbas da Defesa Civil para destastres naturais. O que preocupa o senador é a falta de atenção dada a outros Estados.

"Eu não vejo problema nenhum no fato de o ministro ter destinado recursos para Pernambuco. O meu questionamento é sobre os recursos que deixaram de ser repassados para Mato Grosso e ourtros Estados que apresentaram projetos e não foram contemplados", arguiu o senador no plenário durante sessão da Comissão Representativa do Congresso Nacional, nesta quinta-feira (12/1).

Ainda segundo Blairo Maggi, as acusações feitas pela oposição de nepotismo e de ter privilegiado Pernambuco são irrelevantes e, na sua avaliação, puderam ser respondidas com tranquilidade. Maggi avalia também que o ministro acabou sendo protegido por ampla base de parlamentares governistas, mesmo ele sendo do PSB e não do PT.

"São questões administrativas que estão em debate. A oposição é muito fraca atualmente no Congresso e não tem força para causar estragos. O governo estava amplamente representado e defendeu pontualmente o ministro. Ele já explicou que os recursos foram repassados a Pernambuco com a autorização da presidência da república e com projetos prontos", observou.
Imprimir