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Torcedor homenageia Marcos e tatua defesa do pênalti contra o Sport

Globo Esporte

A aposentadoria de Marcos, reverenciado por torcedores do Palmeiras e até pelos rivais, mexeu com o coração, e com o corpo, de um palmeirense de São Vicente, litoral de São Paulo. Renato Félix, de 26 anos, resolveu registrar na pele um dos momentos mais gloriosos do arqueiro alviverde, tatuando a comemoração da defesa de três pênaltis contra o Sport, pela Libertadores de 2009.

Félix, que já tem uma outra tatuagem relacionada ao Palmeiras na altura do peito, decidiu fazer o novo desenho há cerca de dois anos, na panturrilha, mas teve de lidar com a resistência da família para por o plano em prática.

O gesto retratado na tatuagem - Marcos se ajoelha e ergue as mãos aos céus - foi repetido pelo goleiro por várias vezes ao longo de sua carreira, inclusive ao defender um pênalti do corintiano Vampeta nas quartas de final da Libertadores de 1999. Na entrevista, porém, Félix se confundiu ao dizer que Marcos fizera aquele gesto nas semifinais da Libertadores de 2000, ao defender pênalti de Marcelinho - na ocasião, o goleiro correu em direção à bandeirinha de escanteio e vibrou se jogando de peixinho no gramado.

- Prometi que quando o Marcos se aposentasse eu faria a tatuagem. Escolhi o desenho por marcar uma grande conquista, contra um dos maiores rivais. O Marcos fez esse gesto quando defendeu o pênalti do Marcelinho. Fui criticado pela minha mãe, meus amigos e até minha mulher, que não se conformavam de eu tatuar um "macho" na minha perna.

As provas de amor estampadas no corpo não fazem com que o palmeirense seja um torcedor roxo.

- Sou torcedor fanático e verde. Roxo nunca. Não consigo explicar a paixão que eu sinto pelo Palmeiras. Quando fiz a primeira tatuagem, o pessoal até brincava comigo. Resolvi colocar o escudo em três dimensões, meio rasgado, com a imitação do sangue representando meu coração. A má fase do Palmeiras fez com que as pessoas falassem que a rasguei de raiva.

O processo para tatuar o "Santo" na perna de Félix durou cerca de cinco horas. Apesar da dor, Félix saiu do estúdio feliz da vida e, mais ainda, estabelecendo uma meta que, se depender da vontade dele, deve ser atingida em breve.

- Meu sonho agora é conhecer o Marcos. Quero mostrar a tatuagem para ele. Ele sempre vai ser meu grande ídolo, pelas vitórias e por tudo o que suportou para honrar a camisa do meu time. Quero muito ter a oportunidade de bater uma bola e, quem sabe, cobrar um pênalti contra ele.

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