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Notícias / Educação

Workshop aponta o crescimento do setor mineral em Mato Grosso

Da Assessoria/Metamat

A sexta-feira (13.01) contou com uma programação diferente para os participantes do Curso de Gemologia, no Núcleo de Lapidação de Pedras Coradas da Metamat: discutir as Responsabilidades na Cadeia de Valor das Pedras Coradas de Mato Grosso. O assunto, envolvendo diversos setores da Mineração, foi apresentado em forma de palestras interativas por representantes dos órgãos afins. A ação, que teve início às 8h e termina às 17h, integra a grade curricular elaborada para o Curso.

Entre os tópicos tratados estão o trabalho desenvolvido pela Associação de Geólogos de Mato Grosso (Agemat), defensora de uma política mineral para Estado; o Papel do DNPM sobre Regulamentação de Subsolo e Extração Mineral; Levantamentos Geológicos e Hídricos; o Desenvolvimento do Setor Mineral do Estado de Mato Grosso; os cursos oferecidos pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Perfil da Instituição na Formação dos Geólogos; Políticas de Meio Ambiente; Gestão Política do Setor Mineral; Fiscalização do Exercício Profissional; Procedimentos para Emissão de Nota Fiscal de Venda; Regras para Exportação de Pedras Coradas e Exporta Fácil.

André Molina, presidente da Agemat, fez questão de frisar em sua explanação os principais projetos de metais com base em Mato Grosso, entre eles o de manganês e ferro em Juara e o resultado que isso representa. Exemplificou que em 45 milhões de toneladas/ano de carga potencial que o Estado produziria, representaria R$ 13 bilhões em recursos brutos em 10 mil hectares impactados diretamente. “Sabe quanto isso significa de impacto ambiental? Menos de 0,1% em comparação com a área utilizada para desenvolvimento da agropecuária”, revelou.

Segundo ele, com apenas quatro projetos a arrecadação para os municípios melhoria consideravelmente em cerca de R$ 540 milhões/ano, para o Estado R$ 424 milhões e para o Governo Federal, R$ 1.560 milhões. Quanto ao impacto social, totalizaria 50 mil empregos, 10.000 deles diretos. “Com esses números, a renda per capita dobraria em 10 anos só com a mineração. Numa previsão para 20 anos, mas temos matéria-prima para 200 anos. Não somos (Mato Grosso) mais um potencial, temos projetos e tem que viabilizar esses projetos”, indagou André Molina.

Outros projetos de logística também foram apontados como essenciais para o setor mineral. Como hidroviários Araguaia/Tocantins, Pará, Teles Pires/Tapajós e Cuiabá/Santarém e a viabilização ferroviária, mas nesse caso, demanda de obras de transposição para se viabilizar.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), Juarez Samaniego, prestigiou o evento.

PIONEIRO

O curso, primeiro a ser desenvolvido no Estado, teve inicio no dia 09 de janeiro e se estenderá até o dia 27 com uma programação voltada para gemologia. “Já tiveram (os participantes) noções de todo o processo da lapidação, desde serrar até polir a pedra, depois aula de mineralogia, agora o Workshop. Na segunda-feira (16.01) aula de campo em Nossa Senhora do Livramento. E depois, gemologia até o fim do curso”, definiu o administrador de empresas, analista de sistemas e consultor da Metamat, Charles Pantoja Esteves, ao demonstrar o entrosamento da equipe, de 27 pessoas.

Objetiva proporcionar ao aluno, conhecimentos teóricos e técnicos para identificação dos diferentes tipos de gemas; capacitar para a utilização dos métodos não destrutivos de análise e identificação das gemas e dos diversos aparelhos de uso gemológico, permitindo que possam diferenciar e identificar tipos de materiais gemológicos.

A ação é realizada pela Metamat, que é vinculada a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), com apoio da Associação dos Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), da MT Broker Treinamento Empresarial e outros órgãos. As aulas acontecem das 8h às 12h e das 14h às 18h, no Núcleo de Lapidação da Metamat, em Cuiabá.

Wanderlei Magalhães, coordenador do Núcleo, avalia que o Curso de Gemologia vai trazer um diferencial para o Estado. “Não há duvidas de que o setor está se fortalecendo e avançará muito”.

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