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Notícias / Meio Ambiente

Governo descumpre prazo de recuperação de baía pantaneira

Da Redação - Renê Dióz

O governo não cumpriu o compromisso que fe fez de desobstruir os corixos da baía de Chacororé, em Barão de Melgaço (a 133 km de Cuiabá), dentro do prazo determinado. A denúncia é do professor de engenharia sanitária da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rubem Mauro Palma de Moura.

A desobstrução dos corixos – canais que interligam os rios à baía, que é uma das maiores do Pantanal – é essencial para mitigar o processo de ressecamento do local, que chamou a atenção em agosto de 2010, quando a baía apresentou um solo rachado em pontos que costumavam ser cobertos por pelo menos dois metros de água até durante as secas sazonais.

Mauro, que à época cobrou do governo medidas para reverter o processo e preservar a baía, aponta que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) havia se comprometido a desobstruir totalmente os corixos até o ano passado.

Apenas dois cursos d’água foram desobstruídos até então, um corixo e o rio Chacororé.

Mas existem mais de dez cursos d’água que chegaram a ser aterrados pela construção de estradas e por moradores de áreas alagáveis que queriam estancar o processo natural.

Não é a primeira vez que Mauro critica o governo pelo não cumprimento das medidas de recuperação da baía. Em janeiro do ano passado ele já apontava que, a despeito da reconstrução de algumas barragens (ação que ajudou a manter o nível de água de Chacororé), o governo ainda não realizara o trabalho essencial nos corixos.

Isso fazia com que, embora a baía não apresentasse um estado tão desolador durante as secas, pouca matéria orgânica circulasse em 10 mil hectares de água, que também ficara pobre em oxigênio.
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