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Tumulto e falta de informação marcam 1º dia de matrículas (Fotos)
Da Redação - Renê Dióz
Começou com confusão e desentendimentos o período de matrículas para o ano letivo 2012 na rede estadual de ensino em Cuiabá na manhã desta segunda-feira (16). O prestigiado e central Liceu Cuiabano, ao redor do qual desde quinta-feira haviam famílias acampadas tentando assegurar vagas para seus filhos, foi foco de tumulto entre grupos de pais e responsáveis.
De um lado, os que tinham chegado entre quinta e sábado e inscrito seus nomes numa lista de “pré-matricula” visando cerca de 200 vagas; do outro, os que só puderam comparecer no domingo ou nesta manhã e, igualmente, reivindicavam vagas – as remanescentes seriam cerca de 21. Entre ambos, imperava a falta de informação por parte da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Na espera pela efetivação das vagas supostamente garantidas por senhas distribuídas entre os que tinham chegado até sábado, muitos pais entraram em discussão acalorada com os demais em frente ao portão principal da escola. Além de xingamentos mútuos, ouviam-se gritos como “Lista não!”, “É ordem de chegada!” e “Você não vai pegar a vaga do meu filho!”.
A concentração de pessoas na parte da frente do Liceu consistia de pais que acamparam ali, alguns desde quinta-feira. Além do sol forte na manhã de hoje, muitos encararam chuva no sábado e a falta de qualquer conforto, como banheiro.
“A gente se alivia é ali no matinho”, conta Maria Eunice Pereira, que desde as 15h de sábado ficou na fila para tentar uma vaga no 1º ano do Ensino Médio para o filho de 15 anos. Sozinha, ela tinha que contar com a boa vontade de outros pais na fila quando precisava se ausentar. Hoje, segurava confiante na mão a senha de número 272 distribuída no final da tarde de sábado. Embora more no bairro Praeiro, faz questão de colocar o filho no Liceu devido ao prestígio do colégio e pela garantia de segurança. “Tem colégio aí que saí tiro, gangue... eu não vou colocar meu filho num colégio desse”.
A poucos metros de Maria, outra mãe faz questão de contrariar o discurso da Seduc segundo o qual os pais devem procurar as escolas mais próximas de suas casas, onde também haveria garantia de ensino de qualidade.
“Eles estão totalmente enganados. Quem convive no dia-a-dia sabe o que se passa ali dentro”, contesta Rosineide Coutinho, que mora em Várzea Grande e tenta desde domingo, acampada na fila, uma vaga no primeiro ano do Ensino Médio para o filho longe da violência que acomete tantas escolas. “Eles não podem falar de uma coisa com a qual não estão convivendo. Os filhos deles estudam onde? Com certeza, num colégio particular”.
Sem nome em lista alguma, o estudante William Alves, que tenta uma vaga para o sobrinho que mora no bairro Quilombo, é todo desânimo. Último da fila nesta manhã, sequer se iludia com a possibilidade de efetivar uma matrícula em meio a centenas de outras pessoas. “A impressão que dá é que não vai ter vaga, mas a gente tem que tentar a sorte”.
Desinformação
Por volta das 9h, o diretor do Liceu Cuiabano chegou a aparecer próximo ao portão e tentou se comunicar com os pais, mas só gerou mais gritaria e insultos entre os que estavam na lista e os que reclamavam por não terem sido informados sobre qualquer tipo de “pré-matrícula”. Também havia os que perguntavam, sem resposta, se procedia a informação de que todas as vagas já estariam preenchidas. Reforços da Polícia Militar foram chamados para garantir a ordem, embora nenhuma agressão tivesse ocorrido até então.
Embora até as 9h30 ninguém estivesse conseguindo entrar no Liceu para fazer as matrículas, a Seduc informou que elas já estão sendo efetivadas. Representantes da Seduc ficaram de esclarecer a situação do Liceu à imprensa ainda nesta manhã.
Médici
Também contando com uma localização central na cidade, o maior colégio estadual de Mato Grosso, o Presidente Médici, esteve tranqüilo na manhã desta segunda-feira. Em contraponto com o Liceu, não havia filas nem tumulto na entrada. Cerca de 60 pessoas esperavam sentadas e à sombra para efetivar as matrículas.
Algumas senhas foram distribuídas no início da manhã para as vagas matutinas do 1º ano do Ensino Médio, que logo acabaram. Entretanto, ainda há vagas no período matutino para o 3º ano do Ensino Médio e para a 7ª série do Ensino Fundamental. Nos períodos vespertino e noturno há vagas para todas as séries.
De um lado, os que tinham chegado entre quinta e sábado e inscrito seus nomes numa lista de “pré-matricula” visando cerca de 200 vagas; do outro, os que só puderam comparecer no domingo ou nesta manhã e, igualmente, reivindicavam vagas – as remanescentes seriam cerca de 21. Entre ambos, imperava a falta de informação por parte da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Na espera pela efetivação das vagas supostamente garantidas por senhas distribuídas entre os que tinham chegado até sábado, muitos pais entraram em discussão acalorada com os demais em frente ao portão principal da escola. Além de xingamentos mútuos, ouviam-se gritos como “Lista não!”, “É ordem de chegada!” e “Você não vai pegar a vaga do meu filho!”.
A concentração de pessoas na parte da frente do Liceu consistia de pais que acamparam ali, alguns desde quinta-feira. Além do sol forte na manhã de hoje, muitos encararam chuva no sábado e a falta de qualquer conforto, como banheiro.
“A gente se alivia é ali no matinho”, conta Maria Eunice Pereira, que desde as 15h de sábado ficou na fila para tentar uma vaga no 1º ano do Ensino Médio para o filho de 15 anos. Sozinha, ela tinha que contar com a boa vontade de outros pais na fila quando precisava se ausentar. Hoje, segurava confiante na mão a senha de número 272 distribuída no final da tarde de sábado. Embora more no bairro Praeiro, faz questão de colocar o filho no Liceu devido ao prestígio do colégio e pela garantia de segurança. “Tem colégio aí que saí tiro, gangue... eu não vou colocar meu filho num colégio desse”.
A poucos metros de Maria, outra mãe faz questão de contrariar o discurso da Seduc segundo o qual os pais devem procurar as escolas mais próximas de suas casas, onde também haveria garantia de ensino de qualidade.
“Eles estão totalmente enganados. Quem convive no dia-a-dia sabe o que se passa ali dentro”, contesta Rosineide Coutinho, que mora em Várzea Grande e tenta desde domingo, acampada na fila, uma vaga no primeiro ano do Ensino Médio para o filho longe da violência que acomete tantas escolas. “Eles não podem falar de uma coisa com a qual não estão convivendo. Os filhos deles estudam onde? Com certeza, num colégio particular”.
Sem nome em lista alguma, o estudante William Alves, que tenta uma vaga para o sobrinho que mora no bairro Quilombo, é todo desânimo. Último da fila nesta manhã, sequer se iludia com a possibilidade de efetivar uma matrícula em meio a centenas de outras pessoas. “A impressão que dá é que não vai ter vaga, mas a gente tem que tentar a sorte”.
Desinformação
Por volta das 9h, o diretor do Liceu Cuiabano chegou a aparecer próximo ao portão e tentou se comunicar com os pais, mas só gerou mais gritaria e insultos entre os que estavam na lista e os que reclamavam por não terem sido informados sobre qualquer tipo de “pré-matrícula”. Também havia os que perguntavam, sem resposta, se procedia a informação de que todas as vagas já estariam preenchidas. Reforços da Polícia Militar foram chamados para garantir a ordem, embora nenhuma agressão tivesse ocorrido até então.
Embora até as 9h30 ninguém estivesse conseguindo entrar no Liceu para fazer as matrículas, a Seduc informou que elas já estão sendo efetivadas. Representantes da Seduc ficaram de esclarecer a situação do Liceu à imprensa ainda nesta manhã.
Médici
Também contando com uma localização central na cidade, o maior colégio estadual de Mato Grosso, o Presidente Médici, esteve tranqüilo na manhã desta segunda-feira. Em contraponto com o Liceu, não havia filas nem tumulto na entrada. Cerca de 60 pessoas esperavam sentadas e à sombra para efetivar as matrículas.
Algumas senhas foram distribuídas no início da manhã para as vagas matutinas do 1º ano do Ensino Médio, que logo acabaram. Entretanto, ainda há vagas no período matutino para o 3º ano do Ensino Médio e para a 7ª série do Ensino Fundamental. Nos períodos vespertino e noturno há vagas para todas as séries.