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Notícias / Economia

Sudeco discutirá crédito para agricultura de baixo carbono

De Brasília - Vinícius Tavares

A Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) pretende discutir com especialistas de todo o mundo uma proposta inovadora de microcrédito com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FCO) para recuperação de áreas degradadas pela produção agropecuária na região centro-oeste do país.

A proposta será discutida durante a Rio + 20, evento que debaterá os principais problemas ambientais do planeta e que será realizado em junho no Rio de Janeiro.

A linha de financiamento chamada ABC (Agricultura de Baixo Carbono) tem por objetivo fazer a regulamentação fundiária com o aproveitamento de áreas não utilizadas; a adoção de técnicas agropastoris sustentáveis e difundidas pela Embrapa; além da ampliação do crédito para recuperação de áreas cultiváveis e pastagens; além de formar um fundo garantidor para os produtores que ocuparem essas áreas recuperadas.

Segundo o superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste, Marcelo Dourado, o objetivo é o aproveitamento dos cerca de 27 milhões de hectares de áreas degragadas pela ativividade agropecuária, solucionar problemas fundiários e ambientais e gerar o desenvolvimento em larga escala.

"Temos que ter como meta evitar o desmatamento e fazer a recuperação ao que já foi degradado por conta da abertura de novas fronteiras agrícolas", afirma Dourado.

Ainda de acordo com o superintendente, o valor que será destinado a esta modalidade de microcrédito ainda será definido durante a próxima reunião do Conselho Deliberativo do FCO, que ocorrerá entre fevereiro e março este ano. Marcelo Dourado adianta, no entanto, que seriam necessários R$ 30 bilhões para resolver todo o problema envolvendo degradação das áreas afetadas no centro-oeste.

"O passivo é muito grande. Temos 27 milhões de hectares e são necessários mil e duzentos reais para recuperar cada hectare de terra degradada. Tenho certeza de que este programa será uma solução para o problema fundiário e ambiental para a região", destacou.
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