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Notícias / Meio Ambiente

Energia geotérmica recebe investimentos do governo dos EUA

G1

Desenvolvedores da energia geotérmica, tecnologia que gera eletricidade com uso do calor proveniente do interior da Terra, realizam experimentos nos Estados Unidos à beira de um vulcão adormecido na região de Oregon, com o objetivo de impulsionar a metodologia considerada renovável e testar sua aplicabilidade.

Para isso, 907 milhões de litros de água serão bombeados para próximo do vulcão por um consórcio de empresas através de maquinário preparado para isso, que levará o líquido a fendas do vulcão, para que ela retorne rapidamente, e quente, possibilitando a geração de energia limpa e barata.

A iniciativa apoiada pelo governo federal, pela companhia Google, além de outros investidores, recebeu US$ 43 milhões para reaproveitamento do calor do vulcão Newberry, que fica a 20 quilômetros de distância da cidade de Bend, no Oregon.

“Sabemos que o calor está aí, mas a grande questão é que precisamos saber se podemos circular a água pelo sistema de formar que torne a operação viável economicamente” disse Susan Petty, presidente da AltaRock, uma das empresas do consórcio.

Novo campo

O calor na crosta da Terra é utilizado para gerar energia há mais de um século, com engenheiros utilizando água quente ou vapor. Porém, a nova fronteira são as pedras quentes, que, para serem exploradas, dependem de novos sistemas.

Poços são perfurados na rocha profunda e a água é bombeada para o interior. A água fria é bombeada de reservatórios para este local e o vapor é retirado.

Entretanto, o progresso tem sido lento, segundo os engenheiros. Duas pequenas plantas funcionam na França e na Alemanha, com um terceiro projeto em andamento na Suíça. Essa atividade só não é melhor explorada porque tem sido criticada devido ao risco de terremotos provocado pela rachadura nas pedras.

Segundo o governo dos EUA, a utilização de recursos geotérmicos gera atualmente 0,3% da energia consumida no país. Entretanto, um relatório divulgado em 2007 pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), projeta que este índice pode aumentar para 10% em 50 anos, com preços competitivos aos combustíveis fósseis.

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