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Notícias / Universo Jurídico

Rádio Justiça completa 5 anos com inovações e conquistas

Da Redação /Com Assessoria

A Rádio Justiça completa 5 anos com muitas inovações, bons resultados e ampliação do público ouvinte. As transmissões de notícias do Poder Judiciário começaram em 5 de maio de 2004, na gestão do então presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Maurício Corrêa, e hoje, além da frequência 104,7 MHz no Distrito Federal, a emissora também é sintonizada via satélite e pela internet.

Com função pública, voltada para a comunicação institucional, a rádio também disponibiliza conteúdo para rádios parceiras. Pelo menos 150 emissoras retransmitem o conteúdo em todo Brasil, desde pequenas notícias diárias até programas inteiros. O programa “Aprendendo direitinho”, apresentado pelo ministro Eros Grau e voltado para crianças, por exemplo, é retransmitido por 70 parceiros.

Além disso, as últimas notícias do Judiciário podem ser ouvidas diretamente no site, dentro do link “Radioagência”, um espaço que permite a postagem de programas, boletins e reportagens, disponíveis para download de qualquer colaborador ou emissora cadastrados. As radionovelas e as reportagens especiais são postadas como poadcast.

De acordo com a supervisora de jornalismo da Rádio Justiça, Juliana Batista, cerca de 90% do conteúdo é produzido pelos 44 profissionais que atualmente constituem a equipe própria da rádio, em amplas instalações no prédio do STF. Jornalistas de outros tribunais e de entidades ligadas ao Poder Judiciário são correspondentes da Rádio Justiça em todos os estados. Algumas instituições produzem programas próprios e outras utilizam a estrutura da Rádio para gravações e edições.

Inauguração

No começo, a Rádio era operada por uma equipe de 22 profissionais da Radiobrás formada por jornalistas, produtores, editores, redatores e operadores de áudio. O objetivo central do projeto era a difusão de informações, de forma simples e direta, de toda a Justiça brasileira, bem como as ações do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia. Além disso, a emissora já contava com a parceria de outros órgãos do Judiciário.

Na inauguração em 5 de maio de 2004, o ministro Maurício Corrêa, hoje aposentado, disse que levar ao público o trabalho da Justiça é cumprir a Constituição Federal. Durante a solenidade que deu início oficialmente à programação, Corrêa destacou que a nova rádio serviria aos cidadãos que ficam à mercê das informações veiculadas por rádios e tevês abertas.

“Esse novo veículo destina-se aos brasileiros mais humildes, que não têm acesso à Internet para visitar os sites dos tribunais, que não possuem tevê por assinatura e, consequentemente, não têm acesso à TV Justiça, que não podem comprar jornais ou revistas semanais”, registrou Corrêa.

Nova frequência

A nova frequência da Rádio Justiça, FM 104,7 MHz, foi inaugurada oficialmente pela ministra Ellen Gracie, na Presidência do STF, em 27 de junho de 2007. Na ocasião, a ministra lembrou que a rádio iniciou suas transmissões por meio de convênio entre o STF e a Radiobrás. O acordo viabilizou a utilização da frequência 91.1 “com potência de meros 1,5 kilowatt”, disse a ministra, o que representava apenas cem ouvintes simultâneos.

Para superar as limitações da transmissão, o Supremo requereu ao Ministério das Comunicações a concessão de uma rádio FM, pedido que resultou na inauguração da frequência 104.7 FM, com potência de 20 kilowatt.

Centro de transmissões

No dia 8 de abril de 2008 foi inaugurado o novo Centro de Transmissões da Rádio e da TV Justiça. As instalações ficam na cidade satélite de Sobradinho, próximo à região do Colorado. O novo centro de transmissões está instalado em área de uso comum do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal.

O sinal da Rádio é transmitido através de um transmissor que fica no alto da antena instalada no local, com potência que chega a 60 kW. Com isso, a Rádio Justiça pode ser sintonizada em todo o DF.

Jornalismo

O conteúdo de jornalismo da Rádio foi ampliado há cerca de um ano. De acordo com a supervisora de jornalismo, Juliana Batista, antes a rádio misturava conteúdos de música, informação e cultura, e no último ano passou a transmitir somente informações da Justiça, com o objetivo de mostrar as decisões da Justiça. “O papel não é questionar a decisão, mas mostrar na prática como afeta a vida do cidadão”, afirma.

Dentro da programação que funciona 24 horas, ela explica que a programação ao vivo começa às 6 horas, com o Jornal da Justiça 1ª edição, que tem duração de duas horas e traz todas as notícias do dia anterior, além de matérias dos parceiros e entrevistas. O Jornal da Justiça 2ª edição vai ao ar às 12 horas com o mesmo perfil, atualizado com notícias do dia. A supervisora destaca ainda o Giro pelos Tribunais, também em duas edições: uma de 18 às 19 horas e outra de 21 às 22 horas.

Ela também destaca três programas temáticos que constam da grade de programação diária da Rádio Justiça: o Hora Legal, que é apresentado pelo jornalista e advogado Pedro Beltrão, tem duas horas de duração e envolve grande interação com o público; o Direito Direto, que traz três temas por dia, ouvindo a população nas ruas; e o Espaço Forense, que funciona como uma espécie de aula, com dois convidados falando sobre o mesmo tema.

Além de todo o conteúdo transmitido pela Rádio, a equipe também produz as notícias do Poder Judiciário para a Voz do Brasil.

Prêmios

A coordenadora da Rádio Justiça, Madeleine Lacsko, destaca os prêmios recebidos em 2008: o V Prêmio AMB de Jornalismo, na categoria Rádio Nacional, onde foi o único veículo público selecionado entre os finalistas, e mais duas estatuetas no 6º Prêmio Nacional de Comunicação & Justiça, promovido pelo Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação da Justiça (Conbrascom), em duas categorias: “Programa de Rádio”, com a radionovela "Justiça em Cena", e “Reportagem de Rádio”, com a série "Guarda Compartilhada".

A radionovela "Justiça em Cena" é um projeto iniciado em 2004 e reelaborado em 2007, que atualmente conta com episódios semanais, exibindo um capítulo por dia. O projeto conta com a colaboração de servidores do STF, técnicos, editores, repórteres e produtores da Rádio e da TV Justiça.

Já o prêmio da AMB foi dado ao jornalista Caio D'Arcanchy pela a série de reportagens “Violência no Trânsito”, que retratam os principais problemas do trânsito nas grandes capitais brasileiras, a responsabilidade do motorista em acidentes, as lacunas deixadas pela fiscalização e as ações praticadas pelo Estado para minimizar as tragédias envolvendo veículos. Na mesma categoria, concorreram com a Rádio Justiça as reportagens “Compra de Diploma”, da Rádio Gazeta AM, e “Penas Alternativas”, da Rádio Eldorado, controlada pelo grupo O Estado de São Paulo.

Novos rumos

No ano de 2008, a Rádio Justiça passou por uma transformação profunda: além de ganhar instalações próprias, passou a se dedicar exclusivamente à sua missão de emissora pública institucional do Poder Judiciário brasileiro. Atualmente há melhor utilização da faixa de horário dedicada à educação, com a adaptação para o formato radiofônico do programa "Saber Direito" e com a facilidade do download dos arquivos de áudio. Veiculado pela TV Justiça, o programa “Reunião de Pauta” também é retransmitido pela Rádio.

A educação infantil em direitos e cidadania também foi enfocada em 2008. Projeto do ministro Eros Grau, o programa "Aprendendo Direitinho" estreou em 12 de outubro, Dia das Crianças, e teve resultado muito acima do esperado. No dia 31 de outubro, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal iniciou parceria que vai transformar o programa "Aprendendo Direitinho" em material escolar das escolas públicas do DF. Serão 14 escolas num projeto-piloto para o ano de 2009, com a intenção de atingir todas as 619 escolas da rede em 2010.

A coordenadora da Rádio Justiça explica que em 2009 o investimento será na função social da rádio. O projeto já começou com uma programação especial veiculada no dia 1º de março de 2009, um dia inteiro de programas produzidos e apresentados por crianças. Feito pelo UNICEF com rádios de todo o mundo, o concurso ICDB (International Children’s Day of Broadcasting), ou Dia Internacional da Criança na Mídia 2009, selecionou trabalhos feitos por crianças.

Os presos também são beneficiados com a produção da Rádio Justiça. Dentro de um projeto educacional com o sistema prisional do Distrito Federal, a Rádio seleciona temas em conjunto com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF) para a produção de programas que são utilizados em aulas dentro do sistema carcerário e também transmitidos por auto-falantes no pátio do presídio. A ideia é ampliar o projeto para ajudar na alfabetização.
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