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Poder de compra maior e transporte público ruim prolifera frota de motos

De Brasília - Vinícius Tavares

A proliferação da frota de motos no país é consequência da falta de um bom transporte público e da facilidade para adquirir veículos motorizados sobre duas rodas. A conclusão é do pesquisador Ernesto Galindo, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que participou nesta quinta-feira (19/1) de divulgação de levantamento sobre a percepção do brasileiro em torno da mobilidade urbana.

O pesquisador toma como parâmetro dados fornecidos pelo Denatran, segundo os quais a frota de carros dobrou nos últimos dez anos, enquanto a de motos quadruplicou no mesmo período.

"A facilidade de acesso ao crédito, o aumento na oferta de empregos, a formalização do mercado de trabalho, melhora no padrão salarial e a falta de um bom transporte público fez com que o brasileiro de baixa renda procurasse a moto como veículo para trabalhar e estudar", conclui o técnico do IPEA.

Ainda conforme dados divulgados pelo IPEA, o percentual de motos nos municípios médios é o maior e chega a 44,51%. A frota nas pequenas cidades alcança 42,58% e atinge 28,88% nas grandes cidades.

O percentual de motos na frota de veículos da região centro-oeste alcança 42,05%. Já o percentual de carros é maior, chegando a 48,56%.

Em outra análise, a região centro-oeste possui, em média, 4,25 habitantes por veículo. A relação entre habitantes por carro chega a 9,90 pontos percentuais e a relação de habitantes por moto atinge 11,24.
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