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Estudante conquista 1º lugar geral na UFMG sem largar videogame e futebol

G1

“Eu não estudava em casa, mas prestava atenção em sala de aula no que os professores ensinavam”. Foi simples assim para o estudante Gustavo Henrique Ribeiro Guimarães, de 17 anos, conquistar o primeiro lugar geral na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde foi aprovado no curso de engenharia química. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele também levou uma vaga e, aguarda ainda, o resultado da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Contudo, Gustavo disse que já descartou a possibilidade de estudar na UFRJ e em Campinas. Com relação à USP, ele ainda analisa a possibilidade, caso seja aprovado. “Não sei ainda se vale a pena morar longe da minha família, onde eu não conheço ninguém, em uma cidade que tem 9 milhões de pessoas”. Mas o futuro engenheiro químico conhece bem o potencial das duas universidades. “A USP tem uma produção acadêmica maior, e o diploma da UFMG também tem um peso muito grande”, comparou.

Durante os três anos em que cursou o ensino médio em colégio particular, ele diminuiu as atividades físicas, mas não se privou de fazer o que gosta. “Saía normalmente com os meus amigos e, depois que eu chegava do colégio, sempre jogava videogame e, no futebol, eu era zagueirão”, explicou.

Além dos jogos virtuais, Gustavo gosta de ler romances de ficção científica, mangás e história geral e internacional. Todas as publicações do “Senhor dos anéis” também foram devoradas pelo jovem.

A internet é usada pelo rapaz para entretenimento e diversão. Sites de jogos e informação também são lugares por onde Gustavo navega. Ele prefere as homes que têm conteúdos esportivos. Gustavo também gosta de música, e o gênero predileto é o rock e o heavy metal. Os grupos favoritos são “Iron Maiden” e “Queen”.

Filho de um geólogo e de uma contadora, Gustavo disse que, com relação ao teste vocacional, não o fez porque sempre teve a certeza do que quer, e disse que tinha média de 85% de aproveitamento na matéria de química. “Desde pequeno pensava em fazer engenharia química”, definiu.

Futuro
Para o futuro, quando estiver formado daqui a cinco anos, Gustavo quer contribuir com a humanidade no que diz respeito ao desenvolvimento de materiais. “Quero facilitar processos e diminuir custos, por isso, quero trabalhar com pesquisas”, explicou.

Ponderado, ele disse que, para um futuro bem mais próximo, quando começar a estudar, quer se dedicar ao curso, e ser um bom aluno. “A universidade é pública e quem está pagando é o povo. Por isso, tenho que dar um retorno”, falou.

Para a conquista do primeiro lugar geral na UFMG, Gustavo ressaltou a ajuda incondicional dos pais e da equipe de professores. Para ele, a sala de aula foi o lugar onde ele teve as condições necessárias para um aprendizado eficaz. “Eu tive o apoio de ótimos professores para desenvolver a mente e aplicar os exercícios. Isso é mérito deles”, elogiou, referindo-se aos educadores.

Os pais de Gustavo, Josálvaro de Castro Guimarães, de 51 anos, e Elen Ribeiro Guimarães, de 50 anos, estão orgulhosos do filho prodígio. “Ele é um cara humilde, com uma memória fantástica”, assinalou Elen. “Às vezes ele deixava de fazer as coisas dele para ajudar um amigo da escola”, completou Guimarães.

Elen disse que, quando o filho era criança, ela lia revistas de carros, e Gustavo decorava o nome dos veículos. À medida que o garoto crescia, Elen escolhia outras publicações, o que proporcionava um avanço. “Ele aprendia tudo com facilidade. É um dom que Deus deu para ele”, destacou a mãe coruja.
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