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“Não vou brigar por mesquinharia”, avisa Dorner em referência a Henry

De Brasília - Vinícius Tavares

O deputado federal Roberto Dorner (PSD/MT) informou que não está preocupado com a possibilidade de Pedro Henry (PP) permanecer até o final de janeiro ocupando a titularidade fato do mandato de deputado federal, o que impede o seu retorno à Câmara Federal. Dorner também disse que não pretende ingressar no Ministério Público Federal contra a manobra do secretário estadual de Saúde de acumular dois cargos públicos, prática que é vedada pelo artigo 37 da Constituição Federal.

“Não vou brigar questionando a assessoria jurídica do partido (PSD) nem ingressar no Ministério Público para resolver esta situação. Não vou brigar por mesquinharia. Sou apenas o primeiro suplente e vou continuar trabalhando na minha empresa, embora entenda que a atitude dele (Henry) não está correta. Como é que pode acumular cargo de secretário e deputado?”, questiona Dorner.

A nomeação de Pedro Henry na Secretaria de Saúde foi publicada no dia 16 de janeiro, mas até agora o secretário não pediu afastamento do mandato como titular na Câmara dos Deputados. Ao Olhar Direto, Henry disse que não tomou posse na secretaria e que, por isso, ainda não fala como secretário da saúde.

De acordo com Dorner, a justiça eleitoral é que deveria tomar uma atitude para vedar este tipo de manobra. Até o governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB) foi citado por Roberto Dorner diante da complacência com os mandos e desmandos de Pedro Henry.

“O próprio governador deveria intervir e evitar que isso acontecesse, porque está errado. Ele (Pedro Henry) manda no Estado. Se fosse um coitado, o mundo da política o arrebentaria. Mas como é grande, passam a mão na cabeça [dele]”, disparou.

Segundo apurou a reportagem, o deputado federal Pedro Henry fez um pedido para permanecer vinculado à Câmara Federal até, pelo menos, o dia 2 de fevereiro. Com isso, ele teria direito a mais um salário bruto de R$ 24,6 mil que, após os descontos, gira em torno de R$ 18 mil.

Roberto Dorner entende que Pedro Henry deveria devolver um dos salários que recebeu sem trabalhar. “Se ele assumiu no dia 16 de janeiro, já deve estar recebendo como secretário de Estado. Na Câmara ele receberá R$ 18 mil para [não] fazer nada. Algum desses salários ele deveria devolver aos cofres públicos”, sugeriu.
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