A Câmara dos Vereadores de Rosário do Sul, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, anulou no final da manhã desta quarta-feira (25) a lei que previa o reajuste salarial de 44% para os integrantes do Poder Executivo do município. No início da tarde, o prefeito Ney Padilha sancionou a revogação.

A revogação foi aprovada por unanimidade em sessão extraordinária, já que os parlamentares municipais estão em recesso desde o dia 31 de dezembro e só voltam a trabalhar no dia 5 de março. Todos os nove vereadores participaram da votação. O aumento, aprovado pelos parlamentares no último dia 26, entraria em vigor no início do ano e faria com que Padilha ganhasse um salário superior ao do governador do estado, Tarso Genro. A aprovação gerou polêmica na cidade, e os vereadores decidiram voltar atrás.

Os salários rejeitados são de mais de R$ 5 mil para os vereadores e secretários municipais, R$ 10,4 mil para o vice-prefeito e quase R$ 20 mil para o prefeito. Já o governador gaúcho é remunerado com R$ 17 mil mensais.

Segundo a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o orçamento de Rosário do Sul é o 57º maior do Rio Grande do Sul. O salário do chefe executivo da cidade seria R$ 5 mil maior que o do prefeito de Porto Alegre.