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Hyundai quer ‘atacar’ a Europa com o lançamento do novo i30

Auto Esporte

A sul-coreana Hyundai Motor divulgou nesta sexta-feira (26) planos agressivos para auementar as vendas de automóveis na Europa neste ano, mesmo com a previsão de queda global das vendas para 2012. De acordo com a companhia, a estratégia será conquistar a quota de mercado das montadoras da região, enquanto elas lutam contra a recessão.

Para isso, a empresa tem como grande aposta o lançamento da nova geração do i30, que já foi apresentada no Salão de Frankfurt, na Alemanha, no ano passado. O carro chegará às concessionárias europeias ainda este mês.

A empresa, que ocupa o quinto lugar nas vendas mundiais de automóveis, juntamente com a afiliada Kia Motors, fez a previsão depois de informar que o lucro líquido trimestral (de outubro a dezembro) da companhia subiu mais fraco do que o esperado. Mesmo assim, a alta foi de 38% na comparação com o ano anterior, para 2 trilhões de wons (US $ 1,8 bilhão).

Para este ano, a Hyundai acredita que o ritmo de vendas no mundo vai cair pela metade em relação a 2011, devido ao cenário econômico incerto. No entanto, aposta que as vendas da companhia vão expandir 14,4% na Europa, para 465 mil veículos este ano. Além do i30, a sul-coreana aposta nas vendas do i40.

"A concorrência de preços poderia intensificar temporariamente na Europa, mas em última instância, uma reestruturação dos fabricantes de automóveis europeus poderia acontecer... Nós acreditamos que a difícil situação vai oferecer-nos uma oportunidade para expandir nossa participação de mercado na Europa", disse o diretor financeiro da Hyundai, Lee Won-hee, em uma teleconferência.

Em 2011, a Hyundai viu as vendas subirem 11,3% no mercado europeu. Hyundai e Kia somaram 5,1% de participação no mercado, enquanto que a Toyota Motor ficou com 4% e a Nissan Motor, 3,4%.

Assim, as vendas da Hyundai Europa foram responsáveis por quase 10% das vendas globais da marca no ano passado.

A rival japonesa Nissan também disse, recentemente, que espera aumentar as vendas na Europa este ano, mas a empresa não divulgou metas específicas.

Estados Unidos
Lee Won-hee disse também que a Hyundai tem como objetivo aumentar as vendas nos Estados Unidos em 4,5%, para 675 mil veículos este ano, passando de 20% de crescimento na comparação com 2011. A Hyundai vai lançar quatro novos modelos, incluindo o utilitário esportivo Santa Fe e a versão turbo do Veloster, mostrada no Salão de Detroit (assista ao vídeo).

Vendas globais
As vendas da empresa no exterior subiram 23,2% no quarto trimestre de 2011, compensando a queda 5,8% nas vendas na Coreia do Sul. A Hyundai disse que tem como objetivo em 2012 elevar suas vendas globais em 5,7%, para 4,29 milhões de veículos. Isso marca uma desaceleração para a montadora, que alcançou crescimento das vendas de dois dígitos nos últimos anos, incluindo o crescimento de 12,4% em 2011.

Em contraste, a Toyota prevê um salto de 21% em 2012, para um recorde de vendas, uma vez que se recupera de perdas de produção ocasionadas pelas inundações na Tailândia e o terremoto japonês no ano passado.

"Nossos objetivos de vendas para este ano têm olhar conservador. No entnao, o crescimento da Hyundai pode retardar os ganhos, mas vai superar a indústria automobilística em geral", disse Lim Jong-heon, administrador de fundos da Alpha Asset Management, que detém ações da Hyundai Motor.

"Apesar do fato de que as montadoras japonesas estão se recuperando das condições anteriores desfavoráveis, eles ainda estão sob a pressão do iene forte e sua recuperação não é suficiente para ameaçar o crescimento da Hyundai", disse ele.

No início a Hyundai era fortemente criticada pela má qualidade dos carros. Hoje, ela se tornou uma das montadoras mais temidas na indústria, isso porque registra forte crescimento de vendas, mesmo durante a crise financeira global. A aceitação dos carros da marca faz com que ela cresça em participação de mercado.

Preços competitivos, ajudado pela moeda fraca da Coreia do Sul, e as características e estilo de seus modelos atraem os consumidores. No entanto, a desaceleração de tal crescimento gera o desafio de impulsionar ainda mais a imagem da marca e aumentar os preços para compensar a queda de volume.
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