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Rua de desabamento de prédios terá espaço para homenagens às vítimas

G1

O comandante da Guarda Municipal, Henrique de Lima Castro, afirmou, na noite deste domingo (29), que vai criar um espaço na Avenida Treze de Maio, no Centro do Rio, cercado com grades, em frente ao local dos desabamentos de três prédios, para quem quiser prestar homenagens às vítimas. A rua será reaberta aos pedestres nesta segunda-feira (30).

“Eu determinei que seja feito um espaço para as pessoas que queiram homenagear as vítimas do desabamento. Assim, elas não vão atrapalhar o fluxo de pedestres, que, amanhã deve ser muito grande, como é normalmente aqui no Centro da cidade”, explicou Lima Castro.

O comandante também deu orientações para quem for passar pelas avenidas Treze de Maio e Almirante Barroso, que serão liberadas para pedestres e ao tráfego, respectivamente, a partir das 6h desta segunda-feira (3). “Primeiro, é preciso que as pessoas não se avolumem na rua, para evitarem maiores transtornos. E, em segundo lugar, que os comerciantes já possam recuperar o prejuízo abrindo as lojas”, recomendou.

Lima Castro enfatizou que a Avenida Treze de Maio vai estar liberada somente para carros dos bombeiros e de serviços públicos. “A Guarda Municipal vai permanecer na Rua Senador Dantas, orientando às pessoas que a direção do fluxo do tráfego vai ser novamente invertida, para evitar atropelamentos”, explicou, ressaltando que a Rua Senador Dantas vai voltar a ter o sentindo vindo da Praça Mahatma Ghandi em direção à Avenida Almirante Barroso. Segundo o comandante, cerca de 20 guardas vão estar no local, orientando o trânsito e os pedestres.

“Somente o prédio número 6 da Avenida Almirante Barroso e o Anexo do Theatro Municipal vão continuar interditados”, afirmou Lima Castro. “Nesta segunda-feira, a Defesa Civil municipal vai colocar uma tenda, caso as pessoas que forem aos números 14 ou ao 22 da Avenida Almirante Barroso tenham alguma dúvida. Elas serão orientadas pelos funcionários da Defesa Civil com relação aos procedimentos. Segundo o laudo técnico, nenhum dos dois prédios tem qualquer problema estrutural”, finalizou o comandante.

Buscas
Mais duas partes de corpos foram encontradas, neste domingo, em meio ao entulho que é levado do local do desabamento de prédios no Centro do Rio para a Rodovia Washington Luis, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A informação é do secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões.

No sábado, bombeiros encontraram quatro partes de corpos no mesmo depósito de Caxias. Os desabamentos aconteceram na noite de quarta-feira (25). Até a tarde deste domingo, dos 17 corpos encontrados, 13 foram identificados. Um deles tambem foi achado no depósito da Washington Luis.

Bombeiros ainda buscam por pelo menos cinco pessoas nos escombros. Segundo Simões, não há prazo para o encerramento dos trabalhos no Centro do Rio. “Não vou parar até ter certeza que não tem mais nada aqui”, afirmou.

Limpeza e furto em depósito
Segundo o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, as equipes estão intensificando a limpeza da área para que as ruas possam ser liberadas. O estacionamento na região, no entanto, continuará proibido.

A partir das 6h desta segunda-feira, segundo o Centro de Operações, a Avenida Almirante Barroso será totalmente liberada ao tráfego e a Rua Senador Dantas voltará à mão original.

Ainda segundo Osório, câmeras instaladas no depósito para onde o entulho foi levado permitiram a identificação de quatro funcionários que furtavam pertences das vítimas. Os quatro, segundo ele, são de uma empresa prestadora de serviços e serão demitidos.

Identificados
Segundo a Polícia Civil, treze vítimas haviam sido identificadas até a tarde dest e domingo: Moisés de Araújo Costa, 57 anos, Elenice Maria Consani Quedas, de 64 anos, Alessandra Alves Lima, de 29 anos, Celso Renato Braga Cabral, de 46 anos, Margarida Vieira de Carvalho, de 65, Nilson de Assunção Ferreira, de 50 anos, Cornélio Ribeiro Lopes, de 73, Kelly da Costa Meneses, de 24 anos, Flavio Porrozzi Soares, de 34 anos, Amaro Tavares da Silva, de 40 anos, Gustavo da Costa Cunha, Luiz Leandro de Vasconcellos e Margarida de Carvalho. (Segundo a polícia, não tem relação com a mulher do zelador do edifício Liberdade que também morreu no desabamento e tem o mesmo nome).
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