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Setor do Agronegócio não articula governo, analisa Percival

De Brasília - Marcos Coutinho

O setor do agronegócio, que tem no governador Blairo Maggi seu principal ícone e líder, não articula uma candidatura específica para disputar governo do Estado nas eleições gerais do próximo ano. A avaliação foi feita há pouco pelo deputado estadual Percival Muniz, presidente regional do PPS, em entrevista concedida há pouco no programa Chamada Geral, da Mega FM (95,9 Mhz), e ao Olhar Direto.  

"Essa é uma avaliação equivocada. O agronegócio nunca teve pretensão de articular uma candidatura, nem mesmo nas duas eleições do governador Blairo Maggi", sustentou Percival Muniz ao contestar a análise feita pelo professor Alfredo da Motta Menezes, articulista do conceituado programa ancorado pelo ex-deputado federal Lino Rossi.

Pela ótica crítica do líder do PPS, o agronegócio não foi beneficiado com as duas eleições de Maggi (2002 e 2006), porque o setor passou a ser visto de forma extremamente negativa. O segmento e os produtores rurais, assinala Muniz, passaram a ser alvos de críticas injustas por parte de ambientalistas e organizações desde que Maggi foi eleito, pois o agronegócio passou a ser visto como um vilão do desmatamento e de crimes ambientais de toda sorte.

"O governador Blairo Maggi chegou a ser chamado de devastador do meio ambiente e da amazônia, uma crítica muito injusta. Ele (Maggi) chegou a receber a moto serra de ouro sob alegação de destruir a floresta amazônica, que é outra injustiça porque eu o conheço desde o começo de sua trajetória e ele nunca derrubou árvores na amazônia e nunca teve interesse em cometer crimes ambientais. O grupo Amaggi é considerado uma referência quando o assunto é cumprimendo das leis ambientais", assinala Muniz.

O agronegócio, sintetiza, sempre teve mais interesse em eleger candidatos minoritários para ter voz no Congresso Nacional e não em eleger governadores onde quer que seja. "No Parlamento, os ruralistas podem ser ouvidos e podem defender seus interesses e não com eleição de governadores", pondera Muniz, observando que as eleições de Blairo Maggi encontraram ambiente "bastante favorável".
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