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Notícias / Meio Ambiente

Cientistas reproduzem canto de inseto pré-histórico

G1

Um estudo publicado nesta segunda-feira (6) revelou os sons feitos por insetos pré-históricos. A pesquisa publicada pela revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)” reproduziu o canto de esperanças – parentes dos grilos – que viveram 165 milhões de anos atrás, quando os dinossauros dominavam a Terra.

Ao lado de algumas espécies de anfíbios, esses animais estavam entre os primeiros capazes de produzir sons altos por meio da estridulação – atrito entre certas partes do corpo. As esperanças modernas fazem isso esfregando suas asas uma na outra.

No atual estudo, paleontologistas da Universidade Normal da Capital, em Pequim, na China, encontraram um fóssil muito bem preservado do inseto, que viveu no período jurássico. Com ajuda de especialistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, e da Universidade de Kansas, nos EUA, eles descobriram como era o som da nova espécie, batizada de Archaboilus musicus.

Os detalhes das asas, usados na estridulação, estavam intactos a ponto de serem vistos claramente no microscópio. Os especialistas compararam então a estrutura à de espécies modernas de esperanças. A conclusão foi de que esse inseto produzia canções musicais com frequências simples – som esse que os cientistas reproduziram no vídeo acima.

“Para o Archaboilus [musicus], assim com as espécies atuais de esperanças, cantar constitui um componente chave da atração de parceiros. Cantar alto e claro mostra a presença, a localização e a qualidade do cantor, uma mensagem a que as fêmeas escolhem responder ou não”, disse o pesquisador Daniel Robert, em material divulgado pela Universidade de Bristol.

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