Joel Santana está na sua quinta passagem pelo Flamengo. E com um detalhe: nas duas últimas vezes em que comandou o clube, em 2005 e de 2007 a 2008, o treinador deixou o time da Gávea por vontade própria, o que não é costumeiro em um clube de pressão e cobiçado por outros técnicos. Joel foi o último comandante a ter pedido demissão. E quer tirar a amargura que possa ter deixado.

- Foram dois momentos. Primeiro, foi a proposta de um contrato para o Japão, que era de três anos, mas acabou que fiquei apenas um. Depois, foi a situação da África do Sul, que até agora não entendo. Fomos bem na Copa das Confederações, e depois me tiraram por causa de umas coisas malucas lá. Se soubesse que não completaria o ciclo não sairia do Flamengo, pois estava bem com todo mundo aqui. Tomara que eu faça uma boa campanha para tirar essa amargura - afirmou Joel Santana.

Em 2005, depois de seis vitórias e três empates em nove partidas, o técnico ajudou o Flamengo a escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro e, pouco depois, se transferiu para o Vegalta Sendai, do Japão.

Em 2008, antes mesmo da eliminação nas oitavas de final da Libertadores, na trágica derrota por 3 a 0 para o América do México, no Maracanã, ele já avisara que deixaria o clube para assumir a seleção da África do Sul.

Agora, na sua quinta passagem, Joel chegou em meio à crise interna entre departamento de futebol e diretoria. Antes mesmo do anúncio oficial da demissão de Vanderlei Luxemburgo, alguns jogadores foram avisados por dirigentes da chegada do novo treinador.

Apresentado na segunda-feira, Joel fez apenas dois trabalhos no campo. Nesta quinta, ele fara sua reestreia contra o Madureira, às 19h30m, no Engenhão.

- Vou colocar a minha maneira de ser em algumas situações. O Flamengo tem uma maneira de jogar e alguma coisa do nosso jeito. Não podemos entrar em campo sem saber o que tem que ser feito. Vamos ver se a coisa vai dar certo - disse Joel.